8 de maio de 2012

Sublime ficar-me-ás retida.
No calor que assim se faz sem ser de súbito, e, quando
dessa correspondência vermelha,
encantado se soma o sinal da luz que faz,
ponto,
mecanicamente em causa de esquecimento.

Outro. Logo que possa. Mas adjectivo não.

7 de maio de 2012

Uma canção de embalar. Palavra do território.

Todo o dia falta o tempo que levas no rio
Em sonho das aparas do inferno, que, levantem-se assim que possam, vão atirar-se à empresa.
Obra, mas com cuidado. Pois quanto vale o qual útil sentido a pena usufruir
Tanto faz à sombra do sol quieto.

E da estação via uma qualquer pertença deste ou daquele grito
Num fluir ou nem por isso.
Da próxima vez veremos se faz tão tarde e tão depressa
Pois o encanto não espera.
É o que dizem.

Ostensivo. Faz-me um beiço. Na sombra. Do sono.

4 de maio de 2012

Estação. Linha de apresentação.
Um significativo silêncio.
Algumas palavras de circunstância.
De vez em quando um torpor.

Saber o lugar é reconhecer o peso dos actos, das palavras “mágicas” do constranger.

Eu, nós. Existirei perdido.
Sem querer saber porquê - o que de resto é imenso.
A quem passa que sirva na mesma voz o belicoso insurgir do estado absorto.
(Monumental posição na volta do sentir estar).
E, realizado ou não do sabor, vaziado, submeto e vivo de longe um dia.

3 de maio de 2012

Já por aqui estivera mecanizado. Transparente. Ao final da rotina, necessária condição, a dizer dos princípios. O fazer numa coisa é tipo mexido pois tem uma grande capacidade de reter informação, estás a ver. Ainda por cima. Ou então era assim, vê, um saber enorme, quem é que teve a ideia, já pensei nisso, no entanto, pode ser, mas é complicado. Estava para ali com novas a ver o ruído a arrancar pá, está. No entanto já não sei o que é feito, cheguei a essa conclusão através. É realmente uma grande mudança. E então aí, aí é que vai ser bom, pois são outras as vantagens, passei eu, quando, completamente toldado das nuvens, comecei a fazer estado. O outro ria e não é por mais, acho, bom, sabes como é, por mais não, de resto, acaba sempre por sentir-se o que supostamente seria. Agora é mais fácil. Temos o sininho e fala, o que dá sempre um certo jeito, estás a ver, muito mais cedo.
Tambor. Abandonada dor.
Partícula de ligação.
Que tome a decisão da cor.
“Contrariamente a todas as outras formas de dominação, a dominação económica do capital não pode ser eticamente regulamentada e isto por força do seu carácter “impessoal”. Nas suas formas exteriores, esta dominação manifesta-se quase sempre sob uma forma “indirecta” e, assim sendo, torna-se impossível identificar o verdadeiro “dirigente” e, logo, endereçar-lhe “exigências” éticas.”

M. Weber – “Economia e Sociedade” – (trad. livre da trad. francesa)

1 de maio de 2012

Ora pronto o acerto interlúdio.
Repetida voz chamada como um reflexo catita viste.
Aqui, bate as palmas, já faz momento.
Antigamente era e referira, é complicado,bem sei.
Por vez não sei quê não sei se dá mas está, como pode.
Numa altura que nos graça, para dizer a verdade.
Decerto não é dizer a mais se fora alguma coisa de especial.
Exemplo: chega o perfume e faz-se iluminação, sabes, o que vem, nem, nem sequer, e não é por nada, mas há certas coisas que não é suposto e parece no entanto que sim, que foi.
O lado de lá, o lado de cá, e vai daí arrebenta, pronto.
Feito absinta dissolução.

27 de abril de 2012

Arrasta o dizer, inquieto.
Um esgar ou espécie de lugar.
Na migração descuidada.
Da indiferente justificação disso.
E a útil concórdia.
Ondulada sóbria delícia.
O significado abate.
Na marca do dia.
O vamos da nota histórica.
Em vão que ignora enquanto fala.

Qualquer coisa que fica particular, mais não.
Quando se clarifica o diferente não se fale em ritual ou qualquer outro tipo de igual engano da regular porta do constrangido caminho em directiva a fundo. E o respirar da circulada maneira na pele de dentro fica em palavra como raiz ao não expresso, em desde logo e desde cedo, que deixa rasto por entre a multidão dos animais recantos na oculta função do cimentar metal dos ossos irascíveis.

Depressa a colocada palavra conquanto que nem existira.

24 de abril de 2012

Aceso via palavra.
Que significa o tanto.
Num porquê convicto.
A seguir em passo equilibrado.
O multifacetado reagente.
Regresso de nada.

É o que se diz que nunca cessa.

Por sobre as ondas voga,
um prateado reflexo de luz,
que nebulosa escapa,
do seu escumoso recesso,
aos cristais do quase mistério.

Teu. Tão. Tanto. Bom.