26 de maio de 2009

Espécie de madeira viva.

Em tal gesto fora,
possesso a raio que sabe lá,
atira portas do alto lá,
um alto lá outra vez e hesita,
os alto raios altos e raios
dias de lá da terra, de dia
dor, o rebento vivo,
som contínuo isto ;

que se lembro
o credo, via
se não via
e ora bem pensava,
naquela desenvoltura,
como agido e não porém.

Copo duma colheita,
em romã lábil sincopar,
os tímbalos dum som sortido,
que exacerbo em combustão,

a
solos
ágil
vão
de
caro
líquido,
árido mais feito ;

como ao surgir por surgir numa entoação, de tarde o desfazer, poros de acesso lunar,
salsa feito e grave, gnóbil, num asservo solúvel - era ressentira o óbvio do acaso que faz se advento, acto mais que recado, ou outra nação voláctil.

Ávida de concepção
aspergida, matriz,
as partes dum seu poder,
na desenvolta, coloração duvidosa,

algas lama,
em colo da terra,
por basso de sulva,
e rosa manifesto,
outra forma que diz,
outra não, forte
imagem, pálida
num condimento agrário,
em glória das máquinas a granel,
a arte numa vaporização longa.

De ágil papel e lama,
sol de avalancha,
numa falésia perto,
e frias ondas,
nas pedras gastas
das lacrimas ansiosas,
- deliquescentes -
lápis escaladas ;
cascatas dum precipitado
mais que simples até,

que porto
razão
limpa
e móvel
gesto
o acerto
em arrebento de literasam - como o invado os vens aos véus, disse, os arrojados canto mar, nas voltas da terra junto, como o ajo e tenaz rasto, um doutro assalto e levemente. O rumor apago o dia - em factuação – de base e numa sórdida vista fusa, simples de cor, lançada em fenómeno, como páginas duma cavalgadura solícita.

19 de maio de 2009

Cor adio.

Acre e terno
adio o sedimento,
os fogos e razões
no rasto a pele acesa.

A fundos muro,
e caído o campo,
cheio da irreflectida
luz, máscaras
do mármore diurno,
memória de todos dias,
vago prémio, contracto
a ter prelúdio da cera ;

cor
da prata
e véus
verde
outro
entanto
em deriva

o jogo das palavras numa vez,
. – o percorre -
assentar do riso, dizia,
charcos duma incondição ;

ecos dia,
credo mesmo,
ao planto grito,
e fica o sabor,
de acre a passo,
em peito olhares ;

decerto que tão cedo,
os todos olhos passam,
fica tanto e não chega,
dizer outra passada, nisso.

13 de maio de 2009

No, no, no ! Come, let’s away to prison.
We’two alone will sing like birds I’the cage ;
When thou dost ask me blessing I’ll kneel down
And ask of thee forgivness ; so we’ll live,
And pray, and sing, and tell old tales, and laugh
At gilded butterflies, and hear poor rogues
Talk of court news ; and we’ll talk with them too –
Who loses and who wins, who’s in, who’s out –
And take upon’s the mystery of things
As if we were God’s spies ; and we’ll wear out
In a walled prison, pacts and sects of great ones
That ebb and flow by the moon.

W. Shakespeare ; King Lear.
... que mudara a música,
das pedras calçadas,
descontente e rápido,
como refazera se à vista,
em revista da história.

A fora em recinto de fundação,
nada fosse – o condimento -
a solos dum olhar púctil,
enfim, um espalhamento solúvel,
porventura, noutros tempos,
dir-se-ia, houvera uma perseverança ;

e a perseverança de um homem,
é a perseverança de um homem,
no seu sacrifício, dizia se ;

as entranhas do lar,
carolar as lágrimas,
os corpos de pé ;

como :

espasso da transpiração na pele,
o perfume a visto, agido esquece,
teu corpo o qual saber me ia,
a quente em azul excesso.

Diz se que seja, efeito,
em nó glácido mas não mais,
ponto e vírgula ; pois,
numa lacuna tenha se,
a cintilação que soltasse,
as linhas de expressão,
dum qualquer sentir.

(dos cumes e das marés)

E por sobre o qual as vezes corre se mais e então é um sarilho, quero dizer ; que cada qual discerne e cada qual, numa atenção não tratasse a prédica, antes, abjecto e glóssil, mas não vamos por aí -

pois a tarde já vai longa,
e lá onde ela estiver,
que nessas tarde o seja,
ou seja ; das palavras
vezes que por diz se,
outras não, como investir
numa ultra levemente tinto,
ao lado, em, e tudo isso
como fora ao som das esferas,

em lá menor.

Ah ! - as grátilas ondas assoberbadas em constância viva !

5 de maio de 2009

Em lado a fundo,
ao peito arrancado,
nas marcas da pele,
um tal fitar vago.

Ora se o toque
se fizesse distante
era dessas artes
suspenso o pensar,

- e o toque é que perdura -

Por vezes, disse ;
as vezes são mais que as vezes
e relatam se como numa operação inscrita
qual fosse insisto o verde
em característica indistinta da paixão,
ou então, lançadas linhas de efeito
ao terminar das palavras
que apenas são depois e rasgam se,
os densos sólidos do convém localizado,
atirado, numa indicação do caminho,
ou correr um mar, as esquecidas pontes,
rios e ritmos a tomar se enquanto passo ;

como certa arrogância,
em fazer de instância,
que qual particular mente
esta vida e toda a morte
fica numa fugaz sensação,
do desperdício que passa,
em causa duma geração,
e do nome em repouso,
assestado aqui numa função
do voluptuoso motivo,
em cercanias da contagem
que assim nos figure a jogo,
o fogo, necessário ou colorido,
em sérios saltos para lá das monções.

A um oriental estado de arte,
um outro em lugar do céu azul,
na deriva da estepe, sem plano,
como que refeito e contínuo.