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3 de dezembro de 2019
2 de dezembro de 2019
30 de novembro de 2019
29 de novembro de 2019
Algo que dali fere em temor e tremor
Se contra dito insinuara
ao despertar-se numa atenciosa
mímica soltasse
um olhar de neblina
avançava a silenciosa manhã.
O percorrer dos ossos
num frio tenso ali do murmúrio
subia o lamento
ao rio atrasado que entrava
a cada recanto
e passava devagar
suscitado dessa presença
ao peito em rubor
que ressoava de longe
num arrastar silencioso
de peso de perto
assim como sentido
por entre a densa vegetação.
E ao levantar-se
de dentro ao lugar abandonado
de encontrar-se assim
perdido por detrás
de uma cortina de bruma
um só por si
mesmo se caiu largado
na sombra esquecida
do olhar em volta
das coisas desejadas
como se chegasse ao calor
em nota de pensamento
por diverso fazer das coisas
em chama perguntou
por reclamo da palavra
que ao longe um sabor soava
dos mesmos corpos
indefesos vazios
por entre as cortinas de sombra.
27 de novembro de 2019
26 de novembro de 2019
25 de novembro de 2019
23 de novembro de 2019
22 de novembro de 2019
21 de novembro de 2019
20 de novembro de 2019
19 de novembro de 2019
esotérica da verdade nas palavras:quase sempre que penso ou considero este tema da verdade das ou nas palavras ou linguagem me vem à memória aquela história que li já não me lembro onde do homem que à beira-mar placidamente se entretinha a desenhar sucessivos símbolos na areia e que sempre se sorria consigo quando a espuma ali chegada das ondas como que os engolia um após o outro
18 de novembro de 2019
16 de novembro de 2019
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10 de outubro de 2019
Esotérica da tendência:
A 'tendência' não é mais do que
aquele mecanismo que a partir de ou no 'pressuposto' de uma certa e artificial aceleração do metabolismo natural por assim dizer da substância ou sujeito
visa por meio de uma selectiva e determinada aplicação de opostos em si
suscitar ou induzir o aparecer da mesma substância assim condicionada num estado 'infinitamente' de passagem digamos assim.
Como 'substância' a fim que afinal é meio e vice versa e assim sucessivamente.
9 de outubro de 2019
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3 de setembro de 2019
2 de setembro de 2019
Ela de seu nome
Subia a ladeira
Ao tempo dos cabelos
Ia pelo caminho.
Despertara o anoitecer
Nas entranhas uma comoção
Sucedia a cada porta em afazer de recato
Por palavras de sincopado lamento
E a um colo de costume
O seu nome a lisonjeira carne
Dissipava nos dedos
A terra flor do lugar tão gentil e formosa.
30 de agosto de 2019
29 de agosto de 2019
28 de agosto de 2019
Esotérica do antes e depois ou razão de facto e circunstância.
Antes e depois é uma aplicação que decorre pela própria natureza da mesma do ‘gesto’ arbitrário que funda simultaneamente espaço e território.
O espaço envolvente como que condiciona o território e vice-versa numa qual duplicação do ‘costume’ por imitação e constitui-se assim paradoxalmente no tempo e na hora como hábito enraizado e reconfortante.
Uma espécie de compensação mais ou menos sentida em necessário de uma justificação qualquer.
Esta fundação é portanto e simultaneamente um processo de limitação que vela e sedimenta o acto por meio de um certo manto racional de ilusão e assim torna a consciência particular por assim dizer velada e paradoxal de um certo território na sua justa medida.
Um qual ‘truque’ de ilusionismo em que a aplicação que é essencialmente racional desvia a atenção do ‘objecto’ da própria razão que daí justificada estende-se então a partir de algumas contracções mais ou menos controladas em projeções de uma figurada distância que produz ‘enganos’ quer de ordem prática quer de ordem teórica por assim dizer.
27 de agosto de 2019
Do pronome reflexo em duas formas ‘daquilo que se escapa’:
Algo a si mesmo se escapa ou de si mesmo se ausenta.
Da primeira expressão como que se pode sentir em segundo sentido o possível da expressão como sendo este uma qualquer anomalia da percepção de algo que ‘assim’ se apercebe da falta de algo em algo onde deveria estar para começar.
E se no segundo caso podemos dizer que este algo experimenta algo como sua exteriorização digamos assim e que aqui a expressão corresponderia então a algo de sentido ou seja o acto ou movimento de ausentar-se ou exteriorizar-se agora no primeiro caso pressupõe-se uma predeterminada ‘forma’ que deveria ser percepcionada e que o é efectivamente mas como que anteriormente marcada de ausência e que por esta mesma razão estranha o percepcionado que não está ‘como’ ou onde deveria estar e assim de marca ou sombra uma ausência.
Em qualquer dos casos o sujeito o verdadeiro sujeito da(s) expressão é o pronome reflexo.
Mas enquanto que no segundo caso este se experimenta no interior da acção de algo que se escapa de algo no primeiro caso que coincide a um segundo (e duplo) momento o pronome reflexo constitui-se em sujeito a algo de novo que afere a percepção truncada a partir do exterior da expressão nos dois sentidos se é que me faço entender pois é de facto uma forma de expressão de algo muito subtil que sucessivamente remete a ambos os termos por assim dizer.
O primeiro momento (segundo) é pois como que o reflectir-se de algo que se desdobra no conceito por assim dizer de dois termos acabados e cintilados do reflexo ‘que’ se escapa ou seja como se atingisse a consciência de ser objecto numa consciência ‘dupla’ e indiferentemente objectivada.
Outras formas possíveis.
O plano é qualidade universal de um partilhado sentimento em movimento sentido que institui o objecto imediato por meio de um qual juízo sintético digamos assim.
E o objecto dinâmico é como que a representação desse movimento o qual é sempre e portanto categórico.
Senão vejamos:
I – ‘algo como que se escapa’ qual ‘forma’ da representação ou das representações possíveis da identidade de se do reflexo e esta forma sugere a forma ‘a’.
ii – ‘algo se escapa para’ que não faria muito sentido até semanticamente ou assim porque a extracção original aqui seria contraditória ao movimento ideal digamos e como que reconduziria ao interior da primeira forma ‘de’ um categorizado qual pôr-se em simultâneo de si identificado este a algo que se constituiria como uma outra forma de identidade assim justificada fosse do que fosse ou em função do que fosse..
iii – ‘algo se escapa em’ se esta forma remetesse ao perímetro exclusivamente interior da mesma forma não chegaria nesse caso a desdobrar-se para fora antes estranhamente desdobrar-se-ia no interior de si por qual forma do em si da cintilada reflexão e seria portanto e neste caso uma aplicação.
24 de agosto de 2019
Qual derramado véu
Que de fora se faz o mesmo
Em acolhido sentido
No lugar vazio
Da memória da carne.
O momento a dois de uma face em terra
Olhar a meio se fazia o seu corpo preenchido
Sucedia de cor ao suspenso horizonte
Assemelhado ao rumor de cada amontoado
Por confusas palavras de um costume
à primeira vista chamava da linha anterior
Nos membros estranhos aquela figura
Esquecida de um levemente ardor de lamento
Que mais parecia o envolto amanhecer
Dos corpos acesos nos partilhados mantos
Dos alguns gestos daquilo que soubera a pouco.
23 de agosto de 2019
A arte, enquanto espontaneidade interpretativa do real, digamos assim, tem como 'primordial' função, se é que se pode falar de função neste sentido, o fazer aparecer ou 'coincidir' o plano de fundo de uma particularizada universalidade, por assim dizer. o que a moda também faz diga-se como que intuitiva e funcionalmete desta vez sem reservas diga-se, ao intentar o traçado de uma certa tendência universalizante do particular, que mais ou menos inadvertidamente conforme as circunstâncias, igualmente coincide e assim faz aparecer, o mesmo 'plano de fundo' que aqui em causa.
22 de agosto de 2019
21 de agosto de 2019
20 de agosto de 2019
17 de agosto de 2019
16 de agosto de 2019
De objecto
Chama-se habitualmente crença de objecto aquela linguagem que liga em valor aquilo a que poderiamos chamar dom potencial do objecto a qualquer objecto que assim se constitua em engano no pensamento e também na consciência.
Qual percepção de uma condição perceptiva.
Que de fora do acto expressa
o tempo em coagulado sentido
ao figurado momento
e constitui dessa miragem
o mesmo 'ao' meio da linguagem.
O tempo é portanto condição da linguagem de objecto neste sentido qual meio adjectivante que suscita a pergunta pelo acto inscrito naquele em mesmo a tempo e assim adjectivado
como que tira-se da relação
dos dois lados em função de mas do quê
que geralmente
é expelido acolhido e reproduzido.
Neste sentido
cada adjectivação é como que que a manifestação de um instinto
ou afirmação de espécie num ponto de vista
em que um dos lados é objectivado em sentimento sem rodeios.
O adjectivo é portanto e neste sentido repito o que move e o que é movido e o tempo a sua condição de ser mediado em objecto.
14 de agosto de 2019
10 de agosto de 2019
9 de agosto de 2019
8 de agosto de 2019
7 de agosto de 2019
6 de agosto de 2019
Da extensividade
Partia bem de não tanto
como dizer daquilo que não pode ser
se sabe e assim continuado
participaria da produção dos restos
dissolvido disso
que se faça num sentido qualquer
interrompida ao maquinal dessa linha em movimento adiante
uma figura sobe que não sabe e ao repetir-se da repetição de o fazer-se
repete o próprio em mesmo que se busca dissolvido disso
e de fora não se tem e na sua mente como que diz-se de si para si
- não será de quaisquer termos que o produza como deve ser –
por assim dizer:
passado todo esse caos passado
no crivo passado todo esse
caos passado no crivo
passado todo esse
caos passado
na ordem
do crivo
passado na ordem do crivo todo esse caos.
Entre termos de tudo e nada ordeiramente passado
desse crivo e desse caos imediatamente
ficaria como que o impreciso momento dos coincidentes
em coincidente momento da notação
num processo do qual o atingir não é para aqui chamado
e o paradoxo
a quem do paradoxo
passa do paradoxo
se passa do paradoxo
não se diz
pois nesse caso seria
paradoxal dizer
que no paradoxo da coincidência
se passa de um paradoxo
qualquer
rebento em assimetria do momento paradoxal
deixa um sorriso rasgado e amargo distenso daquela ironia
a que alguns chamam a queda no instante e no fundo –
e atente-se ao uso da palavra fundo –
daqueles coincidentes termos que se anulam
tal que fique já não ‘o’ mas um
não não é de qual superfície de fundo intuída se abordaria
num impacto aquela coincidência que não é
nenhum impacto antes um quase impacto de fundo intuído
desvelado nesse mesmo instante enquanto ausência
de fundo e por meio dessa mesma intuição
chega-se a um choque ao fundo da ‘sua’ ausência
qual impossibilidade de fundo mas bem à superfície das coisas.
E tudo isso seria talvez muito interessante se não fosse nada
ou se levasse a nada mais do que isso
aqui tomado como aquilo que se procura
para proceder a uma certa finalização
não de um outro neste mesmo sentido
mas a um qualquer outro e assim referido enquanto tal
que no fundo quase bate
e que ao após dessa sua coincidência
e assim tocado do instante em que predicado se intuísse anulado
numa outra coisa acabaria mas não porém como satisfação
que qual identidade dos termos
ao coincidente instante da coincidência
em que tudo e nada é o mesmo e algo imediatamente
se escapa ou então adianta como num espelho
para a frente e num salto e ainda outras vezes para trás
deixado a reflectir-se da memória
dessa mesma imagem num qual cego percurso percorria
os outros tempos dessa mesma memória
o que é um conceito que hoje em dia tentamos ultrapassar em absoluto.
Pois um dia sim mas no caminho ascendente por assim dizer
como qualquer da memória que num outro se permaneça
e assim venha a contrapor-se a um outro da memória de pensar-se
errado seria nesse caso o passar-se assim sem mais
por uma porta ou qualquer coisa de semelhante como que propagado
por entre os termos dissolvidos desse momento em antes e depois
da memória passada e como tudo e nada o que não é de tudo
nem de nada surgiria então nesse tal ‘predicado pelo qual’ se ansiava
como que destacado desse entre dito trajecto para se vir a ter
num outro transfigurado terceiro que qual figurado fantasma
de quase absolutamente nada ‘do’ pensar-se assim de um choque
se desse marcado dessa mesma transposição e em face
dos agora incluídos termos daquela marcação que se ‘lhe’ opusera
produziria então ‘o combate’ em veículo dessa mesma oposição
possível como se disse no que transita de ter-se fora
considerado nos próprios termos predicados de um outro de quase nada
e retirado em fogo disso
que era o que se queria para começar
nunca chega verdadeiramente
a sair dos termos e aí se dissolve
em qual de caído próprio
que atinge como que reconsiderado
o processo do dissolvido sentido
do anterior trajecto
que de tal objecto ficara
dos opostos nesses termos
num reflectido reflexo
das optativas cores qual entidade
em queda de ser
que possui como que a ‘memória’
de um terceiro
em transitivo processo
de tal predicado de fundo
que continua coincidente
‘o outro nível’
do assim impregnado
processo ‘da’ equilibrada criação.
3 de agosto de 2019
2 de agosto de 2019
1 de agosto de 2019
31 de julho de 2019
30 de julho de 2019
Do outro
chegar-te em silêncio
que fazes versos
preenchido num salto
de cor adentro
as idades num gesto
adiadas a cada minuto
nas ruas em silêncio choram
seguir-te-ia recentemente
mas apenas até um certo ponto da palavra
que de fronte se apresenta
canto que não seria motivo para tanto
e não quer dizer o mesmo
que lançado das palavras se conceda
naquela voz em que a sorrir te partes
não sei de que peso te leve em lacerado ritmo
eu cá por mim esperava mais pela noitinha
que perto chegasse e então acompanhar-te-ia
em silêncio a noite parece um rumor
que a cada dia em promessa chega renovado
e caminhas no entanto esquecido
por entre as máscaras que em volta te habitam
enquanto passas no teu passo
que parece lento o acompanhar-te envolto
não sei de quê cansou-me
de estar num gesto a presença das coisas
que assoladas soam
nos recomeçados restos de uma luz ao longe
a chuva nos teus passos pisava
e regressaria em presença ao trepidante leve
sinal em que caminhas
cada gesto da silente agonia que passava
nos teus olhos como um respirar
daquele não sentido a um pensamento contigo
29 de julho de 2019
Da mão que lava a outra
Lavaria as mãos devagar
Pensara num momento ir lavar as mãos devagar mas antes notado ao momento seguinte desse mesmo impulso que não concretizado do ir lavar as mãos devagar como que sublimara num outro sentido
pois impulso não é decisão
que todas as decisões são devagar
e levam o seu tempo
caso contrário não seriam decisões
notara das mãos devagar que as mãos notaria apenas e se se tivesse concretizado devagar esse primeiro impulso
o que não quer dizer que as tivesse efectivamente lavado
mas antes que em liberdade notou que assim sentiu de imediato
e assim se estabeleceu numa diferença esta entre o dizer que fazer e o fazer propriamente dito
que não pretendendo no entanto com isso demonstrar-se do que quer que fosse
ter-se-ia então limitado a deixar que esse facto aparentemente inútil de escrever que lavraria as mãos devagar
se fizesse notar numa folha de papel outrora branco
e a distinção que aí se lhe faz
já dentro a noite das horas
se é que se pode considerar a noite
a das horas ao pensá-lo
se distinguia numa outra noite
o que fica muito claro
sem contudo se pensar muito nisso
pois aquele instante
em que se pensa e repensa
separado muito rapidamente
por momentos suspende
o que sem pensar se escrevera
numa folha de papel
de regresso ao instante
em que a notação se parara
depois estendido
num outro que diferente
poder-se-ia considerar
uma observação de ‘mim’
ou do que sem pensar
se fora escrevendo
do que se vai pensando
do que vai escrevendo
em qual cor se vai pensando
que se vai escrevendo
e por aí fora numa outra direcção
estendido em volta
do que tornava desse mesmo
ponto se parou
fora do tempo verbal
e adiante observou
que separado ao momento
em que já não escreve
sem pensar apenas espera
que lhe fale o que escrevia
e assim sem pensar se manifeste
por qualquer maneira
o que parou de escrever sem pensar
(por muito que esta linha
possa parecer forçada
foi escrita sem pensar)
pois então já não era
o mesmo que separado
lhe disse adeus
e agradeceu o ímpeto
por assim dizer
e mesmo assim não
ficou no mesmo
que então escrevia
porque parou para pensar
saído para dentro das palavras
que como que estendidas
às avessas desse ‘mim’
pensado se tornara
a escrever da curiosa
experiência de estender-se
num espelho branco
para aí se ler e pensar
observou de repente
que num outro
um mesmo se espera
suspenso de chegar
a um não sei quê
que assim se pense
e embora tenha uma certa experiência destas coisas sempre acabaria por me surpreender acrescentaria pois embora de todo esse não fosse o tema suscitado
uma brusca paragem
e a sua posterior observação
suscitada de uma não decisão
e o deixar sair-se mesmo assim
nesse impulso de escrever
a fictícia decisão de ir lavar
as mãos devagar
e o acrescentar-se daí reflectido
o reconduzira sem dúvida
agora e de novo à decisão
de escrever que notara
que lavaria as mãos devagar
a pensar que o escreveria
mas nesse sentido
era já muito tarde
27 de julho de 2019
26 de julho de 2019
25 de julho de 2019
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10 de julho de 2019
9 de julho de 2019
8 de julho de 2019
temos de nos fazer contentes
e que por esse meio chegassem
aquelas imagens tão familiares
que nos libertariam
de uma qualquer ocupação
mais aborrecida suponho que assim sendo
se perderia uma certa noção
de conveniência por esclarecer
mais do que ultrapassada que nem sequer
descrença pressupõe
a própria constituição de um conteúdo preciso
6 de julho de 2019
5 de julho de 2019
dizer que cada símbolo tem o seu ritmo a sua informação e que o signo é como que pura melodia o fluir constante de um qual valor de que existem tantos conceitos e quantas combinações possíveis o que nem sequer aproxima diga-se ao misterioso momento de um a outro sobre posto plano de fundo que se põe como que de sempre digamos assim
4 de julho de 2019
que sentido das palavras
que o sentido seja construido em processo de composição poderia parecer algo bizarro dizer-se
que afinal o sentido seria não inteiramente aleatório e que portanto seria como que dotado de um certo valor estético por assim dizer
que os objectos daí compostos se relacionariam com a percepção dotados de um valor afectivo digamos
que pareceria bem portanto e assim reconheceríamos uma certa ligação desse dito processo
que imediato aconteceria quando nos deixados como que livres por assim dizer nessa produção em composição de sentido
que senão sempre nos chegaria como que de nada e fundaria verdadeiramente uma certa relação de valor digamos assim
que constituir-se-ia em próprio sentido e cor faria sentido ao reconhecer-mos as palavras ou os objectos desse sentido compostos
que uma espécie de chamada de atenção chamaria do objecto de qual processo constituído e seria propriamente esse o chamado valor neste sentido
que o aferir desse mesmo valor em diferença seria como que um continuar e suceder-se-ia portanto num sentido primeiro e segundo
que qualquer desses lados por assim dizer se prestaria a uma classificação de origem digamos mas no entanto inteiramnete fictícia diga-se
que a ligação dessas partículas em objectos e palavras fosse essa ligação afectiva estética ou o que lhe quiséssemos chamar estabeleceria e seria estabelecida de e num sentido sem que no entanto lhe pudéssemos a este sentido chamar verdadeiramente sentido antes algo como um proto-sentido da composição e que decorreria do mesmo processo de composição
que iluminar-se-ia por assim dizer por partes ou segmentos diferenciados e destacados estes sobre o fundo da matéria dada por assim dizer e recomeçaríamos...
3 de julho de 2019
2 de julho de 2019
1 de julho de 2019
29 de junho de 2019
28 de junho de 2019
dever-se-ia sublinhar
que não fosse preciso esperar muito tempo
o que parecia certo apenas até um certo ponto
sentiria a sua falta pois ainda temos um longo caminho
de um dia para o outro
o percorrer das horas e dos minutos em pleno século
como que estaria pronto e o instante assim devidamente marcado
27 de junho de 2019
26 de junho de 2019
25 de junho de 2019
esotérica do parecer:
as coisas nem sempre são aquilo que parece
ou que se quer fazer parecer
e dir-se-ia mesmo que muito raramente isso acontece
e que todos os que adquiriram uma experiência média de vida sabem que daí resulta que as coisas o mais das vezes são aquilo que parece imediatamente
e que isso não será nenhum erro de avaliação antes pelo contrário que a ilusão e o silêncio advém apenas do facto de a maior parte de todos nós saber como é que as coisas se passam
ou seja que as coisas não são regra geral aquilo que parece e como elas parecem como são e como fingimos que são e como aprendemos a dizer que as coisas não são exactamente aquilo que parece a sorrir em cada gesto e a cada palavra daquilo que das coisas parece que sabemos das coisas
a saber que não são como aparece um corpo em movimento conforme ao que respira
e nessa mesma circunstância pausado
naquela expressão essa que nos ensina que as coisas efectivamente não são aquilo que nos não parece
22 de junho de 2019
21 de junho de 2019
19 de junho de 2019
18 de junho de 2019
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15 de junho de 2019
14 de junho de 2019
13 de junho de 2019
12 de junho de 2019
cada hábito do dia-a-dia
como que acabaria no pressentimento
estranho de que algo
não estaria como (habitualmente) deveria estar
nas casas tinha passado
e para não adormecer
de um sono tranquilo
e sem sobressaltos lembraria
que não num gesto esquecido
que não tinha vestido o hábito
passado da noite e o dia
11 de junho de 2019
8 de junho de 2019
7 de junho de 2019
6 de junho de 2019
5 de junho de 2019
significado diz-se assim
como que contado entusiasticamente
em altitude arrancado
da carne ao âmago da questão
aguarda o entreabrir
do vestido ligeiro e para lhe chegar
no nevoeiro denso nada
mais alta voz se faz pedra
a íntimo traço da canção
memória e alguns soslaios
depois que em silêncio recebidos
4 de junho de 2019
3 de junho de 2019
1 de junho de 2019
31 de maio de 2019
30 de maio de 2019
29 de maio de 2019
28 de maio de 2019
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24 de maio de 2019
23 de maio de 2019
22 de maio de 2019
21 de maio de 2019
esotérica da perseverança: lembre-mo-nos daquele curioso personagem que passava a vida a empurrar um calhau encosta acima apenas para o ver resvalar encosta abaixo e que no decorrer desse trabalho se veio a aperceber de que o resultado obtido nunca era exactamente igual o que o intrigou e daí de muito pensar no assunto inventou os conceitos de massa atrito e energia acumulada etc chegando inclusivamente a desenvolver uma teoria de gravitação e a penetrar os mistérios da própria relatividade
20 de maio de 2019
18 de maio de 2019
do verbo em particular
dito como se fosse
a passagem de uma nuvem
carregada de silêncio
despida de qualquer arbusto
defronte aos dias cinzentos
exclamava o desfazer
em breve das folhas
o inverno acabaria
sem recordar do mistério
o murmúrio das águas
em volta da sua sombra
seca de seu sentido
dentro ao tempo
emudecida se comovia
17 de maio de 2019
16 de maio de 2019
15 de maio de 2019
14 de maio de 2019
13 de maio de 2019
11 de maio de 2019
10 de maio de 2019
9 de maio de 2019
hesitantemente o caminho para onde
chamamos hesitação
a uma certa potencialidade do acerto
que se pode encontrar ao longo dos floridos campos
do lado da reflexão como que a considerar
o melhor caminho na paisagem de uma possível satisfação
afinal de quem sabe e ao caminho desce e hesita
considerado a qualquer coisa de desconhecido
e mesmo assim caminha-mo-nos impávidos e mais ainda
como que tomados por vezes de um certo receio
então num passo adiamos desconfiados do desconhecido
resultado que desconhecemos intuitivamente
sentimos que não fazemos um caminho para onde
8 de maio de 2019
7 de maio de 2019
do hábito adquirido ao devaneio propriamente dito
seguro de si formatado e escandalosamente momento
as palavras apresentar-se-iam não como se um sentido
qualquer guardasse em diferido aquela ultrapassagem
rumo ao mistério da sucessão das mesmas palavras
nos denotava previsivelmente o inexistente porém de qual
núcleo perfeito e daquela matéria a que em literatura
e não só como na vida se chamaria o divagas dos pés
no chão remeter-nos-ia pois aos mesmos pés
mas desta vez levantados do chão num perfeito domínio
dessa mesma matéria que agora em estado de levitação
por assim dizer
6 de maio de 2019
4 de maio de 2019
3 de maio de 2019
2 de maio de 2019
esotérica da sincronia possível: para cada fórmula do dia a dia a correspondente e corporal expressão como que se adequasse a uma situação de novo e se parecesse ao aludir do acostumado e habitual dizer a direito ou mesmo circularmente do qual se depende em/o aceite e a cada parcela um mesmo momento como que estendido assim naquela formulação mais adequada a saber a formulação da fórmula propriamente dita da/em cena esta dita por meio de um tensionado gesto e em corporalmente entoação disso mas mas tudo na mesma expressão*
*o que obviamente em termos de perfomance absoluta deve ser extremamente difícil de conseguir, convenhamos
30 de abril de 2019
29 de abril de 2019
26 de abril de 2019
24 de abril de 2019
23 de abril de 2019
da observação
de um qual tensionado
filamento imóvel
se confirma
em árido excesso
o âmago do interesse
ao mesmo tempo
efeito das coisas
que reconhece e perscruta
naquilo que se volta
e vira em visceral movimento
um opaco espelho
da manifesta consciência
que fora de si
mas ao seu alcance
fica como que plasmado
numa certa
e encadeada reacção
por assim dizer
22 de abril de 2019
18 de abril de 2019
esotérica do consenso: ora seja a noite o que se espera bem e a tanto façamos parte a saber do muito calor que se espera e coisas das quais não se fala qual não faltaria e enfim do lugar compreenda-se isto como não sendo da posição que a quanto em abnegado entendimento dever-se-ia mas apesar de todas estas nossas diferenças que somos um mesmo e todavia por vezes maquinalmente porém não insensivelmente ao de todo constituído parecer dos mais elevados valores em parte e como que assim se vai escrevente em causa das circunstâncias o por assim dizer que não só participa mas de uma certa permeabilidade digamos.
17 de abril de 2019
dos todos adquiridos
e a uma vida em forma de palavras
aqui agradáveis
ali de uma certa reflexividade
o colorido racionalmente
do circunspectante e mesmo lugar
junto ao aprazível
do alto sentido
aos olhos arregalados
pertence em harmonioso
ao consensual das palavras
o destas a dizer
como que um certo indizívelmente
por meio de alguns
escolhidos e povoados fenómenos
16 de abril de 2019
15 de abril de 2019
Escrever é como que ir ao encontro da forma de uma certa maneira o que tem sempre um sentido participado em participação e manifesta o indiferente e paradoxalmente da mais profunda objectividade e que necessariamente a cada nova participação condiciona em limitado participativo o por assim dizer das mesmas e transbordantes circunstâncias nas palavras:
de feito
de afirmação
de confirmação
e de vazio.
13 de abril de 2019
12 de abril de 2019
11 de abril de 2019
10 de abril de 2019
9 de abril de 2019
8 de abril de 2019
6 de abril de 2019
5 de abril de 2019
de plasmado animal fenómeno
em sentimento acossado
outro literalmente expresso
a meio do natural contacto
lançara e por meio de um calor manifesto
o mesmo em animada presença
que de seu manto descia
qual sorriso em comunhão
de abundante indício
irrompera imbuído ideal
a carne em promessa de contemplação
uma múltipla luz acende
ao sangue o pertencer daquela hora
que não seria no entanto a mais propícia
4 de abril de 2019
(nem)
todos os gambozinos são feitos ou de madeira ou de plástico ou ainda de outros metais preciosos de pedra
dessa qual luminosidade individual permanece a face em contexto inalcançável distante e rápida
e essa mesma posição assim de olhar satisfeita revela uma tensionada imobilidade em qualquer direcção
que por meio de uma certa leitura esta mentalmente em vida interior assenta o predisposto
e levemente do discurso intenta o que bem vistas as coisas chega em auto satisfação ao desfasado alcance da palavra
3 de abril de 2019
2 de abril de 2019
1 de abril de 2019
30 de março de 2019
29 de março de 2019
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27 de março de 2019
26 de março de 2019
25 de março de 2019
23 de março de 2019
22 de março de 2019
21 de março de 2019
20 de março de 2019
19 de março de 2019
18 de março de 2019
16 de março de 2019
15 de março de 2019
14 de março de 2019
13 de março de 2019
12 de março de 2019
11 de março de 2019
9 de março de 2019
8 de março de 2019
7 de março de 2019
6 de março de 2019
esotérica da expressão: a linguagem enquanto instrumento imperfeito (de comunicação) que o é presta-se a uma certa expressão enganosa do conteúdo dessa mesma linguagem e a consciência desse facto é talvez o primeiro e mais importante passo para a sua devida utilização nos dois sentidos obviamente e é portanto neste sentido que se costuma dizer que as palavras não podem enganar - pois como poderiam?
4 de março de 2019
2 de março de 2019
esotérica do critério: no devido lugar de uma experiência e ao auge do devidamente instante não se localiza antes que dali para fora se chama e imprime como a marca de uma 'perfeição' futura (digamos assim) e isto é importante reter a saber que essa assim chamada 'perfeição' nunca está 'completa' digamos sem um certo 'movimento de fuga' que aliás diga-se como que inicia todo esse mesmo processo e o seu sopro e ideia por assim dizer
1 de março de 2019
28 de fevereiro de 2019
27 de fevereiro de 2019
26 de fevereiro de 2019
25 de fevereiro de 2019
23 de fevereiro de 2019
de sugerido um outro valor
lhe convinha que assim possuído
como que de uma salvação discreta
assegurasse em tranquilo momento
uma certa condição do dever cumprido
que erigido ao interior na palavra
gesto defronte a um encantado rosto
acertasse em certa medida o contraponto
em limite ao desregrado sentido
22 de fevereiro de 2019
21 de fevereiro de 2019
20 de fevereiro de 2019
19 de fevereiro de 2019
18 de fevereiro de 2019
da ciência do contraste
ou a esotérica da expressão da linguagem
por assim dizer
A linguagem humana tem esta característica interessante de uma vez tomada a um ponto de vista intencional funcionar como espécie de um certo critério de verdade mas pela negativa pois há uma diferença entre a expressão (desinteressada por assim dizer) de um fenómeno tal qual se nos apresenta e o tomar dessa mesma expressão como se de uma realidade se tratasse e isto também no que diz respeito ao próprio fenómeno diga-se pois o reconhecer de um tempo enquanto tal medida interior é condição necessária da reflexão linguística digamos assim.
16 de fevereiro de 2019
15 de fevereiro de 2019
o dizer das palavras
o mesmo dizer das palavras
num movimento recebe
como que ligado a uma certa
conformidade das coisas
a plástica passagem
daquela circunstância
que se apresenta
em silêncio e depois
irrompe um qualquer sentido
mais próximo da matéria
agora naquela certeza
pela qual podemos começar
14 de fevereiro de 2019
13 de fevereiro de 2019
12 de fevereiro de 2019
11 de fevereiro de 2019
9 de fevereiro de 2019
8 de fevereiro de 2019
7 de fevereiro de 2019
esotérica da alegria
é preciso portanto
como que aprender a reconhecer
uma certa espiritualidade no objecto
digamos assim
pois que nesse mesmo instante
em silêncio abre-se
e como que se deixa no exercício
de uma outra certa e activa plasticidade
esta que já não pertence
a uma qualquer autenticidade
por assim dizer
da razão ou da reflexão
mas consigo se apercebe
simples descobrir
de um envolvente calor
6 de fevereiro de 2019
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2 de fevereiro de 2019
1 de fevereiro de 2019
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17 de janeiro de 2019
cumpre adiantar que não será por demais
do eventual vislumbre o tempo assim considerado
para que daí se possam retirar as devidas conclusões
quanto mais não seja por razões metodológicas
pois segundo a mesma lei das preponderâncias
do mais acima e do mais abaixo partira
segundo se conta uma certa regularidade dos intervalos
das partículas conclusivas estas da relação
que por decerto varia mas por esse meio vai ficando
16 de janeiro de 2019
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