5 de outubro de 2012
Sombras irrompem das antigas imagens manifestas à luz presente.
Ares do destino, diz-se.
Chega-se o fim no revelar das imagens escondidas.
Ecos de selvajaria, a progenitura do sacrifício.
A imensa história dos círculos da silenciosa brutalidade.
Cegas manobras. O sangue perdido.
O deslizar na distribuição das palavras
Ao sabor das fúteis edificações da memória do paradoxo vivo.
Últimas tábuas da inscrição.
Os altares da mais ancestral violência.
Os antigos gritos.
2 de outubro de 2012
De parietal exposto à borrasca latente.
Sucedem os primeiros sons à confusão do raiar.
Branco. Como ultimato carenciado.
Num tempo que já não conta.
Em moldura envelhecida das infâncias.
Séculos de areia. Poros de barro.
As petrificadas sentenças nos ombros, suavemente.
São como fósseis listados dos séculos a mais.
Num passo firme que é nunca chegar.
Às palavras de todas as vidas que suponham-se assim.
26 de setembro de 2012
Regressado ao matinal resfolegar das ocasiões passadas.
Aos envios do olhar mirabolante.
Luto por compensar o vazio fundo das pedras e castelos.
O que ainda me diz um fio de matéria,
Se matéria me diz o peso e a forma, massa radical dos incêndios.
É que quisera-se assim o caminho em cordões de sangue pesado.
Derramado ao acaso das horas, dos olhares.
Como o fulminante regresso ou um mesmo caminho irreal.
Efeito abissal das fontes tão do alcance (em fim) que lhe tomasse o gosto.
Na usurpação dos corpos. Semelhante. O que irá dizer.
Agora que se incendeia os olhos lavado em fogo um corpo invisível.
O que irá dizer então.
Do que anunciam as inacessíveis montanhas desse lado em que se vê
O vago lembrar das vidas passadas, terríveis.
Fazeis rir as pedras, chorar as fontes, adormecer as donzelas.
Burilados. Demenciais.
Um último estertor dos açougues.
Tal era a impressão.
Das (intencionais) palavras e silêncios.
(Onde faz-se vida duma antiga experiência da leitura do olhar).
Nos planos de vida.
Num certo fogo particular. Celular.
Que faz do princípio rasgado ao iniciar dos possíveis.
Um atribuir no fundo.
14 de junho de 2012
Diz-se, com sensatez, que quando termina o combustível fica o mistério da pedra verde, oculta em recanto invisível, não discernível.
Insensatamente diga-se em brutal que não vai mesmo valer a quem quer pois essa é a profissão das palavras, dúplicas de intenção.
O seu contraponto é silêncio, verdadeira palavra … e o que fez o alexandre ó górdio?
Insensatamente diga-se em brutal que não vai mesmo valer a quem quer pois essa é a profissão das palavras, dúplicas de intenção.
O seu contraponto é silêncio, verdadeira palavra … e o que fez o alexandre ó górdio?
Subscrever:
Mensagens (Atom)