8 de outubro de 2012
6 de outubro de 2012
Poderia aspergir todo um elenco. Um preparado de alienação.
O imenso caudal das microscópicas imagens que fluísse as vias corporais do engenho.
E da arte. Corresse a ilusão e tudo recomeçasse.
Pois pode ser o que dizia-se da imagem da adoração.
Perto instante a que não chegassem palavras para fazer em nós pedaços dele.
Furiosas marés revoltas.
Tomai-me em paz.
No convém.
Do agradecer embevecido.
E reverente mente.
Retirado em face desse “dom”.
5 de outubro de 2012
Sombras irrompem das antigas imagens manifestas à luz presente.
Ares do destino, diz-se.
Chega-se o fim no revelar das imagens escondidas.
Ecos de selvajaria, a progenitura do sacrifício.
A imensa história dos círculos da silenciosa brutalidade.
Cegas manobras. O sangue perdido.
O deslizar na distribuição das palavras
Ao sabor das fúteis edificações da memória do paradoxo vivo.
Últimas tábuas da inscrição.
Os altares da mais ancestral violência.
Os antigos gritos.
2 de outubro de 2012
De parietal exposto à borrasca latente.
Sucedem os primeiros sons à confusão do raiar.
Branco. Como ultimato carenciado.
Num tempo que já não conta.
Em moldura envelhecida das infâncias.
Séculos de areia. Poros de barro.
As petrificadas sentenças nos ombros, suavemente.
São como fósseis listados dos séculos a mais.
Num passo firme que é nunca chegar.
Às palavras de todas as vidas que suponham-se assim.
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