20 de outubro de 2012
À vista das nações sentia o peso encher o dia
E no instante assim representado
O inverso corria os caminhos conclusos.
(Ali chegado ficou pois parecia certeza o que sem saber se refazia, e no mesmo acto).
E o relançar da desferida palavra.
Na fachada do âmbar em fortuita apoteose.
(Outrora argênteo tempo do dilúvio).
Faz do percurso uma tal nomeada figura.
Doutros dias porém.
(Mas como todo o processo é recorrente sinto uma insuflação profunda que argumenta outra vez).
O caótico atingir do estado da representação dinâmica.
(Redundante, inclusiva, e, portanto, inversamente redundante).
Do oclusivo refrão do sinal bate às portas estupefactas.
É mais que insubmissão, é paixão, irredutível lugar elementar.
17 de outubro de 2012
Eras de fundo a conquista iludida em satisfação dos agrupamentos moleculares.
Aquela determinação animal.
As frondosas imagens do logro.
As boas novas e a síncope.
A sinopse de todos os elementos é como a apresentação do mais simples. Fala do encobrimento. O discernir, trabalho de uma justificada violência na raiz da situação, é, numa palavra: a secreta celebração do sacrifício, alheio, claro.
Tomaria todas as decisões de uma forma pelo menos leviana. Patologicamente existente. É. No fundo trata-se apenas de uma escolha de sorte à maneira dos clássicos da diversidade.
Que importariam então as reflexões do acto na ressaca do mesmo? A imagem dos instantes vívidos, a torrente, os éditos da função do regresso.
Pois se existe coisa de que me lembro é do estômago, órgão metafórico da escolha, que nem sequer é tocado, e nunca o será, neste plano a que se chama ser, ou palavreado.
16 de outubro de 2012
O verbo é morrer da promessa, que de novo é morrer.
Passam olhos de gárgula, contornam-se num recreio adiado, aleatório.
A posteridade do plástico.
Infinitamente recoberta de uma história viscosa.
É feita de moléculas a correr aos sete pés das pegadas gigantes.
Oxalá fique, oxalá não fique.
Não obceca a memória.
Sempre faz mover, ou estar parado em movimento.
Trajo de trapo e uma aparição visionada.
A circunscrição do plano do papel faz o vento solo nas bestas do adquirir, e o nome, com todo o respeito, é, a cada passada, o desejo da fala em silêncio que qual grafonola baixa a custo uma aparência.
Desilude, que fazer.
Quais fogos do vazio repito nas estrelas em colapso.
Os cantos das outras cantorias do semblante fechado.
E numa abertura do classificado oposto pensamento em sonolento bocejo, a recta escalada impõe, na designada comissura, o óbvio local do angariado de (por) si.
Que logo começa de novo.
13 de outubro de 2012
As grinaldas do convénio da nomenclatura guardam silêncios por via duma razão amorosa, aos gritos de sorte, em cadência, ficam, solenes, nas grutas que gravitam os corpos em paralaxe.
Uma razão de privacidade.
E como a flor da cereja ou o pardal largado em cima das casas da celebração, das comendas, a cidade salva, ao troar da manhã falecida, os nomes da selva, e os silêncios todos.
As casas do amor.
Os filamentos da montanha.
A semente em salvaguarda da palavra ferida de requinte nos átomos da miséria.
Revelado em estranha disfunção da linguagem, o círculo original exausta o riso à entrada das etapas como rebento em lugar da viva santificação do metal afeito à circunstância utilitária da distribuição e do registo. Éditos da necessária imagem.
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