25 de outubro de 2012


O acto “diztracto”,
na busca de um cambial,
em ligeira hesitação,
(foral, verbal),
infere o que daí surge,
um critério a ver o mundo.

O representado proceder de um certo alternado tipo assombra os minutos do silêncio como fora um enriquecido recurso, o qual diz, num registo baixo, o distante acontecer, porém possível, do agregado lugar que oscila entre a coloração magenta e o som do violino dos dedos saído da inversão funcional, que segue, na direcção do corpo assim adquirido, em variação do valor que agrega e gera a fractura e que é o ponto de partida da irradiação “essencial” da alteração proposta.

Torna e contorna o langor do momento a sonda num ar circunspecto, jogam-se os termos da revolta num sinal atento à grafia, o saque, a preceito e em discurso inverso, segue, cadenciado, directo ao vale da partilha feito em volátil forma indutiva da manifestação dos relevados factos do valor numa vista ao lacerar da carne em plenário, lamento as vísceras, a contagem, a destilação, os adquiridos, os dados da cicatriz em mandamento como um outro mesmo em transição linguística da operação contida, o cerrar das sombras esclarecidas, e a lama, enleada em gráfico de uma certa depuração, é o transporte de uma marcação como fora um elevado e “complexo” rendilhado.

24 de outubro de 2012


O mais ou menos não faz o mais ou menos efeito até que surja o raio de um fio de sonho.

Num colorir alucinante,
do filão de uma nova maneira,
e no olhar uníssono,
em sangue, da boca vermelha.

Tocado enfim no corpo,
o segredo do contra três,
eis que surge um quarto
em falta, sublimado
na face em terra passional,
(o que não é o caso),
do corpo dois que passa.

Situação de um alinhado apontamento que ajusta o silêncio em silêncio.

E o corpo, fora desta frase, esquiva-se a um outro em toque de invisível sujeito,
e o pensamento, sítio dessa tal acção, fica palavra no apenas nó que dali corre em contracção vestido, memorizado, ausente.

Algum significado indistinto ao notar as palavras nos sinais a distinguir daqui, a escolha desse instante que colora o efeito composto como um espelho despedaçado que se lê, mil vezes.

A combinação vem depois.

O olhar figura cataclismos, cambiantes sonoros, réplicas, o horizonte apenas.

E ocorre o invernal sono dos mundos num essencial engano, numa representação, ou espécie de ser, não sei, o que fica, porém, é contradito que avança, dilui, um entrecortado composto de aparências que encadeia as superficiais palavras em fragmentos do compromisso.

23 de outubro de 2012


No tempo das calendas metafísicas, das questões da plantação.
Das ontológicas primaveris ao virar de Saturno.
Prosseguiram as ilhas (onde não demora) o após Calipso em abertura.
Pois não existe, efectivamente, um ponto de apoio, e ponto.

Nada como o levantar das labiais comissuras em consciência tranquila, quando não se pensa, essa expressão, faz do outro um semelhante a algo transparecido do corpo assim distendido, um sensual manifesto, sim, fora da notação, porque não.

A irrupção de um arremedo longo, que voga neste instante em vertigem veloz, insiste um ponto de apoio, que nunca chega.

(poderia evitar todas as edificações, até o ruído que paira, e isto não é uma ideia que se olhe, fora, em algo que perturbe o olhar, dentro)

E um gesto que pára, que talvez não seja assim, mas apenas sucessão de ideias, nunca se poderá chamar ideia, sim, esse gesto não é ideia.

E o dizer dessa impressão repentina é o desenho do olhar (a)dentro a toda a abertura do gesto, mas, e apenas, até que a palavra possa.

E esta chega no instante em que deixa de pensar, agarra desse gesto, a ideia, que preenche o vazio, em linha apelidada frase.

Palavra.

Os ritos da tortura.
A imagem do lugar.

No espaço da posição guardo (me) o soletrar das tiaras do papel alado.

(Traço fundamental das naturais cantigas).

E as imagens flutuam o favor do mar por passagens entre a face lunar que fica ideia numa apoteose do lânguido rubor falado dos sítios esquecidos.