16 de junho de 2015

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Órgão.

Outro imagens
Em cratera reunido
Os ossos acerta
Ao latejar de Atena.

Deixa o occipital rasto
Em pó de estrelas
Que cresce na pele
Em matéria de terminações
Setas tornado inversos
Clarões de fumo
Inquietam no vazio
As ondas em cortejo nocturno
Abertas azuladas
Da luz que dispara cometas
Junto e faz o silêncio
Nos ossos assim sossegados.

15 de junho de 2015

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O trabalho do parecer
corpo singular
outro
faz a quantidade
expressa
em clarões sincopados
- estampas alheias -
que abertos por instantes
soltam verticais de sentido.

13 de junho de 2015

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barca vigo esfera
o cantão babel
que ouviu no eléctrico
- como vai fruto tão desejável -
q'eis o porto
em ondulação dessa vez.

10 de junho de 2015

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Sapato riso
Os botões devagar
Rosa
E lábios de encosta
Numa garrafa de plástico
Ameno

(contratempo)

Lançado
A baixo
Em casual
Rubor Sugerido

(apenas)

Pão e café

(na)

Mesa das palavras
Momentâneas
Montras

Dos arbustos que passeiam,
Sinais na tarde que dorme.

7 de junho de 2015


A postura não fácil do braço pendular
Em lento passeio da notícia
Faz a dissertação dos rins
Num gesto figurativo da camisa opaca.

4 de junho de 2015


Uma superfície
de luz
povoada
ressalta
em claridade
e jogos de sombra
escadas
de tom
crescente
decrescente
devolvido
reunido
ao inamovível
ínfimo
lateral
opaco
como janela
de um
som azul
e vento
chegado em paz
ao pensar.

1 de junho de 2015


O irradiar da ausência
(universal essência do verdadeiro aspecto),
não se confunde,
parece,
ao movimento em sintonia da presença risível.

Colateral à direcção
da coisa,
qual própria coisa,
chega
ao pensar
posto inacessível
substância
(fugaz)
que move
o sentido na palavra
chegada
dos emblemas e costumes,
num oblíquo
porquê e o quê
notado
à verborreia das miragens
em incrível
fundamentação
ideal, que é,
a noção mais
ou
menos credível
da instituição da crença,
e toda a verdade,
e não mais
que a verdade possível.

29 de maio de 2015


A imagem
posta
por alicerce
do véu,
exclama
o auge da
festa,
por morte
em directo
ao céu,

(mas deixemos isso),

o que conta
não é contado
ao nascer,
e o mesmo
do mesmo,
não é,
ponto
de partida
da coisa
implantada
em manifesto
nada.

27 de maio de 2015


O ateado indicio,
de vestido mosaico,
jorra (esquecido),
os arabescos
do (primeiro) dia.

O tambor, a dor, o iniciar da cor.

E o que é sentido das fendas,
( por norma de um território particular),
faz a diferença
tecida
na origem do canto
ao entardecer,
defronte aos muros de Antioquia,
(soterrada).

O que é por máxima tirado,
para fora do seu contexto,
por tantas vezes repetido,
até por sabedoria passa.