12 de janeiro de 2016


Branco, corpo, espelho, roda, limite.

Nada é mais verde que a companhia ... e o que percorre.

2 de janeiro de 2016

Relíquia, corcéis, elipse e caldeus.

A terra em ameno convívio à primeira vista. Seu corpo, forma de mel, por caudais acima, traz a matéria de que é feita a rua e as ruas, os pretéritos de falas encadeadas. E presumivelmente fica-te, cada vez mais, como fora a imagem de uma pedra justa aquele movimento de alma que faz do mesmo um tempo em presença. Como a vida aqui suspende-se a noite em tentação de chegar a palavra, para além de toda a luz habitaríamos a imagem do olhar completo, o regresso aos vagarosos lugares vivos, cores de cada um.

31 de dezembro de 2015


Palavra Figura.

Dedos de azul cinza acesa cor.
Estruturas de luz.

Efeitos cruzados
E linhas de terra
Rasgadas
Massas de cor
Sobreposta
Luz em verticais
Da chama
Uma atenção
Plena de tudo
A posição vazia.

Das margens derramadas superfícies futuras.

29 de dezembro de 2015

Perfil

Gosto do imenso da natureza e dos cheiros de Outono
Os corpos deixados na brisa que desola
Um maduro acabado que a pele adormece em terra velha
E as folhas espalhadas
Caídas como que de um peito leve, indiferente.

Gosto da manifestação da verdura e da tinta almiscarada,
Intensa marcação dos que sobrevivem
Num gesto lento, sorrido em delicado embaraço,
O desconcertado movimento da vigília, o género.

25 de dezembro de 2015


Atum , mestre dos sarcófagos, luminar dos oceanos,
da facécia estarrecida em legião funda a crispação
da prata em vigília, a doce visão da magnólia,
molecular, como diz, há sempre
uma justificação que em tudo suave, sim, suave.

A saber, a lágrima e a palavra passageira,
a enfim contracção adenda de um qualquer
estarrecido alimentar
das condições aprumo, o verso em bamboleio, isto,
claro, mas apenas a título de exemplo.

O ponto aqui é de quem sabe e de quem si,
de quem espanta, de quem quer que sim,
de quem se centra aos arrabaldes da elevação simples,
por meio do utensílio bonito,
e numa uniformidade, o que diz porventura.

Claro que tudo isto é claro, e é muito, e ainda
mais na condição de que seja, por principio,
pois tudo é alimento e concertação,
e o quer seja em nome das admiráveis moléculas,
e como de tudo isso, mas em silêncio, claro.

22 de dezembro de 2015


Mote silábico.

O Outono em restos de festa sobe ao lugar das retinas
Como cor que se tem ao fim de um mesmo em palavra vazia
Ou os sinais da mágica dissertação.

O inverno chega numa imagem de espanto
E luz aos corpos sossegados
Como sinais do repente ao cume das arestas entrevistas.

18 de dezembro de 2015


Espécie de alar a manhã
Que em cada qual circula assim que chegar
Num parecer de caligrafia firme
E dedicada, é toda uma acepção da utilidade.

Os cantos são luxuriantes.
Os castelos, maneiras de concatenar.

(O de cima, o de baixo).

E pese embora o murmúrio
Da cor em catadupa aos areais
É da fruta que se diz o acto
Surpreendido em falas de valsa e calor.

São fogos de um sentimento colorido.
O alimento da íntima velocidade, a madeira.

12 de dezembro de 2015

Leituras.

Com Piaget ‘aprendi’ a manter as coisas em perspectiva, ancoradas, em perspectiva. Já com Lacan aprendi a disposição do objecto em campo e o campo. É como em tudo suponho, compreendemos, reflectimos, podemos até dissertar e chega um dia, mais tarde, ligamos numa ocasião, outra circunstância, e exclamamo-nos, bolas, caramba, então afinal é disto que ele estava a falar. Isto, que com ccerteza já nos sucedeu a todos suponho é, no fundo, uma vivência.

9 de dezembro de 2015


Olha, o olhar fechado, desimpedido.

Reflexos de (uma) luz amarela enquanto passa
Enquanto passa a adjectivada substância
Do nome em cometas enigmáticos
E linhas de luz suspensa uma impressão
De frio aos plantados poentes sequer da palavra
Lava escorreita o fogo edificações sim, porque não.