7 de julho de 2018


Lamenta sem não mas sem chegar

E permanece portanto
Aquela ordem natural das coisas
Que por assim dizer chama de agitação
E hesitantemente aquieta
De uma pertença que não mas sem perder de vista -
Flui-te em favor nas janelas e nas paredes
De um valor antigo e ao despertar
Traz-nos a distância
Aqui tão perto numa ideia de significado
Que ascende e finalmente
Regressa em cada sugerido principio

6 de julho de 2018


A ligeiríssima expressão
De qualquer coisa demora
Num qual escrito
À razão das palavras lhe sobe
Em saber de uma repartida chama
A que não chamaria lugar
Nem de repente

5 de julho de 2018


Lugar que toca
E foge – um repente frio -
A cada passo chega
Em sucessivo dizer das faces como tu
Que ficas no mesmo
De quem não vê cintilar sinais
De carne acesa
Nos campos raros da palavra –

Desfaz-se em gesto o silêncio
Dos invisíveis dedos das inteiras horas
Num relance às cintiladas águas
De pensar fugia a razão das coisas reencontrava

4 de julho de 2018


Fundamentalmente
Entre o silabar e o silêncio
Pausa a palavra
O acontecer da voz

Acontece-me de cada vez
Ao meio das mãos
Espera num entreolhar
E respira por fazer sentido

Um outro da terra
Ao sentir do dano azul
Semblante
Assim que nos chega do lugar

5 de junho de 2018


O instante acontecer do i
Indefine e suspende
Qualquer sugestão de contorno
Conforme à inabalável matéria

5 de março de 2018


esotérica da singularidade : o único critério possível de originalidade é a própria originalidade - qual simultânea presença de todos os aspectos na fonte de todos os aspectos

esotérica da esmeralda : a ordem celeste é mais ou menos o arquétipo da ordem social estabelecida

28 de fevereiro de 2018


esotérica da referência : a via do esclarecimento é a via do paradoxo embora de todo o não seja

27 de fevereiro de 2018


esotérica caucasiana : a via da metáfora é a via da garganta - não tanto assim silenciosa

esotérica do caminho : tomámos o mesmo caminho - não é uma coincidência ?