25 de agosto de 2018


não se pensava o que é próprio das ideias

casa silenciosa
o abissal da carne
a passo de modo
cortês
sabor de qualidade insisto
serpenteava
parecer-me-ia
por entre os corpos
ao redor
em volta
da noite
quando da sombra
de repente
supra o impassível
e encontra
nesse local
o coração do vazio
e aí permanece

24 de agosto de 2018


nunca é tarde
e na pele uma cheiro
rodopia de musicalidade
e enlace na voz
as mundanas imagens
daquelas demais ternuras

véu entre muitos
no chão da palavra escrita
estendido
traça o tempo
por meio do tempo inxistente

como dizer assim
daquilo ao primeiro instante
segue adiante
num sincopado silabar
linha fica
que escapa ao fundo da parede

do natural das partes mas em contratempo

em volta dos tecidos
um segundo deixa ficar
a tensão muscular
de seu fim significado
mas ainda distante da forma

23 de agosto de 2018


esotérica das ideias depois desenhadas ao fundo dos ossos num instante desaparecem

não de momento não mas seria
levado a cabo pois tinha de fazer melhor na sua carne
interior mas e aí pelo menos
mais dia fechado menos dia nas coisas
mais naquela imagem da carne em tentação mas sem nada de novo
mas de valor sem nada
mas antes queria brincar com as pedras

22 de agosto de 2018


esotérica do pensamento do mundo: faltam palavras para dizer

mesmo cor de castanho
tensiona de paradoxo
o parecer do sedimento
na curvatura da carne
não tanto por palavras
mas fragmaentos
mas antes irreconhecíveis

analogia do funcionamento da mão num movimento furtivo

o que de bom
se diz
ao de leve
e da noite
e de perto
de qual apelo
numa mesma volta
ressoa
de som
e de caminho
de a de