7 de setembro de 2018
6 de setembro de 2018
5 de setembro de 2018
4 de setembro de 2018
algumas considerações (qualitativas) de uma mente interior
pelo menos pensou
mas não porque não fosse nada
antes porque não poderia deixar de pensar alguma coisa
como se disse
pois caso contrário
não faria ideia na sua mente interior
como peixe na água com coisas
e não pensaria qualquer presença de fora de noite
ou de dia de perto defronte
e isso era certo e evidentemente
3 de setembro de 2018
Estação de noite uma imagem mítica
Um tambor com sentido dos intervalos
por norma faz toda a diferença
pois desvela da leitura dos momentos
uma certa impressão de linguagem
que plasticamente ainda a tempo da palavra
imanifesta as tensões de uma outra presença
esta porém omissa e pragmática
duvida de qualquer
e desse qualquer
decorre outra coisa
da qual divagar
sem sentido sem nexo
chega a mover-se
ao som sentido
da palavra do costume
no entanto
menos credível
de toda a vontade
e não menos
do que a vontade possível
e esta imagética da posição da palavra é como que a prova cabal do inverso das utopias da forma ou da melopeia da chamada de atenção numa natureza súbita por assim dizer
1 de setembro de 2018
Da respiração da imagem silenciosamente
O sedimentado caos
em providencial valor de aceitação da palavra
vigília da distância
o sentido facial da vivência
e chega numa frase feita
ao frente a frente da parte escondida.
E então outro acontece
compasso interior da espuma
primordial num verso
e plasme-se (!)
da simetria noção das partidas
e das chegadas de si
qual colossal da memória
mas do outro lado
sulca ao de leve na terra
e acaba por tocar
o predisposto meio da palavra
escolhida por assim dizer.
30 de agosto de 2018
Algo se configura dos silábicos ritmos num precipitado e jovial das artes festivas ou minuciosamente e mais convencional do exercício das nocturnas que é qual receptáculo das imprecisas ou seja do acto propriamente dito
em que ele
argumento da presença
num cenário de tu
limite do discurso dele
avança por entre a multidão das memórias perdidas
até que dele a ideia chega
no distanciado respirar de um eu escandalosamente
causa de estar num outro
e diz que regurgitou na excepção dessa terceira pessoa
entretanto ausentada
aquela parte a minha e a tua em narrativas
de valor e lamenta de seguida por meio de algumas metáforas
do lugar nos celebrados ossos
uma certa e determinada sensação de epiderme
em função vital da ligeira palavra
ou seja forma de pensar
o qualitativo solo da percepção
num ponto de vista
lateral o que bem vistas as coisas é usual
nas artérias comunicantes
e mergulha directamente no silêncio dos sóis contemplativos
primeiro e do natural madrugar dos dedos
depois imbuído do caloroso
vislumbre que clama de combustão naquela densa posição
de ser forma singular no suposto corpo
e desse mesmo suposto segue ao canto das veias
feito miraculoso espelho
onde por norma o silêncio é melhor
e o ribombar só de si causa uma certa imprecisão
no equilíbrio mas apenas durante cerca de trinta minutos
de vendaval caído aquele em silêncio
da sucessiva chamada ao ventre dessa palavra
29 de agosto de 2018
Do face a face em caractere
Uma outra maneira
de não estar muitas e muitas
mais linhas traçadas em aparente acaso
da aparição
da contemporânea palavra
um não sei quê das orquídeas
algumas oitavas acima de consciência animal
e subterrânea
toma-se desses mesmos
fragmentos de espanto nas cadências
de uma voz altercada
e de lado e de fora se faz dentro e silenciosa
28 de agosto de 2018
linha acidental da palavra
agora chama musical adormece os sentidos no afectivo suceder daquilo que se queria
significaria
da alegoria
o breve encanto dos perfumes raros
e o da flor esvaida
no mesmo
de tanto tempo
no tempo
acaba por ficar
ao pensamento seguinte
que é melhor
que é elementar
e ecoa tautológico
como que num sussurro
de quem ora baixinho
em silêncio
a silábica compulsão das palavras elevadas
à profundíssima altura
do indizível
das auroras das romãs
do trigo e do azeite
do pão de cada dia
do vinho da reunião
da rosa e dos seus espinhos
da correspondente gota de um sangue vivificador
e metaforicamente corpúsculo
de barro
de manhã
do fundo
do raciocínio
chega circunstanciado na estação dos tecidos
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