de um outro silêncio
o hesita uma atenção suspensa
no separado lugar
da palavra um ponto qualquer
sente-se ao continuar
daqueles dias que aparecem

uma impressão de ruído

qualquer construção
assinala o evidente facto
da reflexão do sentido
e das maneiras de lhe aceder
num detalhado outro

de tudo se sente
um certo considerar da carne
que em silêncio perfila
o perfeito pulsar
daquele sangue que corre

a plasticidade de uma linha
a tempo tirada como qual após do tempo
em progressivas cadências
escoa ao primeiro
rumor seu da manhã nos territórios
da mesma condição plástica

povoada de recordação
espera a profunda memória
recente momento de espanto
idealmente reconhecido
no hipocampo da fanfarra

lateralizado por impulso
um afazer existe em equilíbrio
ao coincidente limiar
do território que culmina
em esquecimento e preenche
uma qualquer pretensão de abertura

chega todos
consigo a particular
decadência
de cada parte
em pedaços de sombra

a plasticidade
ao correr das partes
num fluido calor
descortina simplesmente
isso que nos faz
deste a um outro
que percorrido seja

espelhado em silêncio
como que confuso de qualquer coisa
o repente
sentido mesmo contém
do próprio acto
o que se faz e se torna

portanto o afazer
que move aquelas palavras
sem qualquer importância
diga-se depois silêncio
como que olhar fica
suspenso numa atenção
que em matéria plástica
o transforma digamos assim