num vago de leve aroma
e a ligeira brisa
em musicalidade largada
de nascença respira
a cada nota
o que se faz sentido
16 de março de 2019
sucedido de perto
e uma outra maneira
como que recorda
das coisas o semblante
oscilante e casual
do peso que prazer
uma vez cintura
que por ali passava
15 de março de 2019
o demorado momento
onde o odor começa das simples
coisas a cada carne
um corpo recorda persiste
a traço de esquecer
e cada segundo que preenche
o horizonte a distância
o segredo o grito
uma noite em silêncio a voz
14 de março de 2019
consolado de engano
um momento se faz regresso
próprio da condição
qual atravessa o sentimento
das cinzas sentidas
como se chegasse a cada um
13 de março de 2019
chama espaço
o apelo de uma atenção
imediatamente
em tempo duplo sentido
afecto a um ponto de vista
12 de março de 2019
humidamente
a bruma em vapor
das vozes
matinais atravessa
o sentido
de um sentido
ao entardecer
fica em cinza
de uma luz distante
estar na palavra
em respiração de perto
o lento caminho
passo a pulsar
e qual crescendo
e que se vai tornando
11 de março de 2019
sente que acredita
no tempo das coisas
uma voz tranquila
de qual sentido sabor
um gesto em palavra
uma noite a quem
distinguira o silêncio
9 de março de 2019
toda a verdade
que deve ser verdade
como que regressa
de um outro
lugar considerado
de um certo processo
na particular medida
de um pensamento
que divaga e preserva
ao fundo da carne
a meia-palavra em silêncio
do reconhecido
sentido ao tempo
em que fica escrito
8 de março de 2019
a distância, essa
não cessa de aumentar
e traz o acontecer
de uma certa claridade
que nos dissipa a mistura
e chama o sentido
a mais em silêncio
para que de perto então
nos comecemos a dizer