9 de setembro de 2019


um dia alguns
descarnados restos
se alevantaram
enformados do melhor
parecer possível
para cada situação
num rasto de desenvoltura

7 de setembro de 2019


um dia um grito
como que assegurado de um ambiente
despertava florido num gesto
que praticamente invisível injustificava
o quanto em nocturnos da palavra

6 de setembro de 2019


não suporia
que porquanto continuado
por meio de alguma actividade mais
ou menos lúdica
um ruíra
de regulado universal em gesto

5 de setembro de 2019


o gesto considerado
de perto em próprio de razão
liberta o sentido
estratégico que ultrapassa
o sentido do mesmo

4 de setembro de 2019


perder a face
no jogo da posição
e não só
infiltra-se de mundo
na palavra
de um pensamento que não o seu

3 de setembro de 2019


impossível (não) é dizer
o próprio do dizer assim como que limitado
numa sua forma que qual
potencia de tudo chegasse momento
a finalizar-se impregnado de um fazer verdadeiramente
adivinhado que logo reconhecido

2 de setembro de 2019


Ela de seu nome
Subia a ladeira
Ao tempo dos cabelos
Ia pelo caminho.

Despertara o anoitecer
Nas entranhas uma comoção
Sucedia a cada porta em afazer de recato
Por palavras de sincopado lamento
E a um colo de costume
O seu nome a lisonjeira carne
Dissipava nos dedos
A terra flor do lugar tão gentil e formosa.

31 de agosto de 2019


antes e depois
em alimento de razão
aumenta e diminui
do decurso da imagem

30 de agosto de 2019


quanto mais denso
o véu mais revelado o sentido
tanto nos seus pontos
(e)mergentes como
nos seus pontos (i)mergentes

29 de agosto de 2019


exotérica das colecções:

colecções de coisas são mobilizações
em torno de um interesse e a qual inscrição
numa superfície mais ou menos
memorável geralmente chamamos função simbólica