Na volta de uma qual rotina
De si se encontrava em cada figura
De percorrido acrescento
O odor de um mesmo que sensível
21 de setembro de 2019
Entoado de pedra
O redor da montanha desperta
dormente em cada um
tende a desfalecer esquecido
e nessas linhas permanece
em movimento a seu fim
o qual não será de partida
20 de setembro de 2019
O olhar de lábio
Semicerrado entranha
De mais perto
Uma vida passada
Gesticulava cortante
Em dividido silêncio
19 de setembro de 2019
O gesto como que desfigurado
Por assim dizer de uma atenção de conjunto
Gera inocentemente o acordar
De um fundo que destoa
Das mesmas coisas ao inverso
Parte e (in)forma de uma sustentada superfície
18 de setembro de 2019
Ao longe em panorama
De harmonia desce da montanha
Uma sombra das alturas
Que divide os territórios
Outrora desconhecidos
Num fundo que mais parece
O caminho dos ossos secos
17 de setembro de 2019
Caminho mas por princípio
num passo de quem
Se porventura chegaste
em cada pormenor
Comovido a desfilar
na paisagem
Das cores de cada figura
16 de setembro de 2019
O destino da carne
Como que de um silêncio mundano
Esquece o que dizer
E num sussurro
Marca de improviso a vontade
De partir de súbito
14 de setembro de 2019
Demora a vontade
Ao interior de uma antiga
Forma que vela junto
Ao caminho
Numa espécie de intervalo
13 de setembro de 2019
O atraso de cada forma
A quem fica no mesmo se perde
E como que lentamente
Reencontra o lugar antecipado
12 de setembro de 2019
Em vivo semblante
De festa o lugar das coisas
Faz cair aos homens
Que por ali se aventuram