Estendido defronte
a uma inspiração lentamente
suspiro de noite
e a lateral do sorriso
em paradoxo se esclarece
das águas paradas
o que é muito estranho
De um a outro
O reflexo da passagem
Fica qual fantasma na memória
Do silêncio que faz a mais
O dizer erigido
em coluna de estátua
fica como espelhado
e se atrasa nas cinzas
das coloquiais
em gestos de fogo
O depois das palavras
costuma ser mais palavras
daquilo que a entender
se dá num ciclo cansado
De um duvidoso sentir-se
em acção distante se larga
o lugar em resto de legado
Numa palavra se lamenta
a dor toda ostracizada em adverso
ao conotado cabeçalho
que desenvolto sustenta a referida multidão
Assolado de pormenor
se liga o daqui redundante
por meio de algumas palavras
O instante aplicado
Em silêncio depois ao silêncio
Qual corpo de promessa
Como se adentra ao desejo
Das palavras irrompe
Uma qual ciência do detalhe
Que ao ritmo da composição
(e numa atitude ingénua)
Faz-se em sensalualidade viva
No sítio ao engano
Uma estrutura de estilo
Fugaz e aberta
Se fazia alegórica via