O dizer erigido
em coluna de estátua
fica como espelhado
e se atrasa nas cinzas
das coloquiais
em gestos de fogo
O depois das palavras
costuma ser mais palavras
daquilo que a entender
se dá num ciclo cansado
De um duvidoso sentir-se
em acção distante se larga
o lugar em resto de legado
Numa palavra se lamenta
a dor toda ostracizada em adverso
ao conotado cabeçalho
que desenvolto sustenta a referida multidão
Assolado de pormenor
se liga o daqui redundante
por meio de algumas palavras
O instante aplicado
Em silêncio depois ao silêncio
Qual corpo de promessa
Como se adentra ao desejo
Das palavras irrompe
Uma qual ciência do detalhe
Que ao ritmo da composição
(e numa atitude ingénua)
Faz-se em sensalualidade viva
No sítio ao engano
Uma estrutura de estilo
Fugaz e aberta
Se fazia alegórica via
Em campo espalhado
De dor semeado
Procura nas palavras
O olhar encarcerado
Daqyela original memória
Que qual luar de vitrina
Fica numa ausência
Perto ao silêncio
E ao passar da passagem
Caído em si de dizer
As coisas em calafrio
Fazse o colorido bastante
Na terra em teatro de saber
Então do lugar circulava
Um túrgido antigamente
Que de ser antigo passava
Nos caminhos daquilo
Que discursava a virtude
Numa latinidade pura