7 de dezembro de 2018


Esotérica da ilusão: o ciclo da ilusão é constituído por outros tantos inconfessáveis que detalhados numa certa invisibilidade agente torna e retorna mas nem supõe antes desconcerta num invariavelmente que vem a preencher o lugar de (em) inominável comoção.

6 de dezembro de 2018


o parecer
da distância consente
numa qualquer ausência da palavra
ganha ao saber vulgar
por assim dizer
um não se lembra
nem disso faz questão
porventura se assimilasse
a esse mesmo parecer
de cada imagem vertigem
consigo traria como que um
odor a ramificação
marcado
e a cada nova distância
desse olhar se marca
no bem contado
de cada alinhada palavra

5 de dezembro de 2018


O isso que sim
no turvo dos trabalhos
como que identifica
a manifestação dos espelhos
numa espécie
de hesitante correlato
mas que acaba por perder
na posição do combate

4 de dezembro de 2018


na dobra do anunciado prazer
sombrio esvanece a toda uma outra distância
o recomeçar do rumor levantado cedo
que industria em cada silente momento aquela atenção
a isso que se diz e dessa parte o hesita
no mesmo lugar permanece
e agora vazio veste o hábito da fundação
nos desconhecidos esquecidos
ideais relatos de uma qualquer coisa quente
e não (!) basta do horizonte
mas apenas aquando do céu não estiver nublado

3 de dezembro de 2018


Espera na terra
De ninguém um correr filigrana
Tensa o resultado em detalhe
E refresca de origem
Os ecos mananciais ecos
Chegados da melhor maneira
Na possível marca todos
Os dias mas imediatamente não

30 de novembro de 2018


Segredos inteiros
De prata pouco-a-pouco
Sugeridas castas
Por inaudíveis palavras adiantam
A cor envolta
Aos recatados tecidos

29 de novembro de 2018


como sabe e não soa
forçosamente depende do arranjo
e pela primeira das razões
assegura as palavras
num segundo compasso
que esclarece
um certo uso do utensílio

28 de novembro de 2018


nota defronte
aos alinhados panoramas
da memória
escritos qual espelho
se desdobra
uma distância nos mesmos
meios de sempre

27 de novembro de 2018


O suceder de cada intenção
Envolta a natureza dos corpos
Num subterfúgio maquinal
Que qual calor num dia de multidão
Chega nem sempre a quem deseja
Suplantar nas mãos prostradas
Uma qualquer dor imaginada

26 de novembro de 2018


Entre a primeira vez
Que chegara
E um dia era o final
E acaso recomeçava
Como se da memória
Caísse e assim
De nada aqui chegasse