Do revelado momento
A dois em raros reflexos
Como que nos mantemos
De uma qualquer outra coisa
23 de outubro de 2019
Alguns restos
Das pegadas de seu
Próprio marcas
A substância de qualquer
22 de outubro de 2019
Não fundamento
daquilo que enforma
o lugar silencioso
num indizível sorriso
como que assim se reconhece
21 de outubro de 2019
Uma vez que inicia
O trepidante meio
De sentir se significa
Num pressentimento agora
Elevado nas palavras
19 de outubro de 2019
De cada altitude
se depreende um panorama
que nada em contrário
assim se sucedesse em ritmos de acerto
e num passo virtual
o banhar-se agora assim
naquelas águas negras
quase imóveis de mistério
18 de outubro de 2019
Ancora devagar
que afim do canto particular
se passa por cada qual
medida de uma certa coisa fechada
um sonoro esboço
em silenciosa comunuicação
17 de outubro de 2019
De mostra a memória
Pode em boa surpresa digamos
assim reter-se na lentidão do abismo
Como que suspensa
de um grito que não
se faz com qualquer condimento
16 de outubro de 2019
Por força do hábito
E se diluído em natural do mesmo
Não demorava mas quer-se
Em precisão que o olhar
Não seja e assim sucessivamente
15 de outubro de 2019
Não apercebia porém
Que da sombra do silêncio
Perpassava aquela forma
Que qual conjunto de todas as ideias
Recomeçava do mesmo
Como que esvaído indiferente
14 de outubro de 2019
Esotérica da estranheza
Isso, enquanto aparecer na 'sua forma' subjectiva, por assim dizer, é como que a própria matéria disto, que ao assim manifestar-se se revela, digamos assim, naquele momento a que se costuma chamar a 'estranheza do sentido'.