19 de novembro de 2019


esotérica da verdade nas palavras:quase sempre que penso ou considero este tema da verdade das ou nas palavras ou linguagem me vem à memória aquela história que li já não me lembro onde do homem que à beira-mar placidamente se entretinha a desenhar sucessivos símbolos na areia e que sempre se sorria consigo quando a espuma ali chegada das ondas como que os engolia um após o outro

18 de novembro de 2019


Em devagar presença
de um rubor em rumor insinuado
ressoava de peso
o que assim se adivinhava
e tornava de longe
como que num restolhar silencioso

16 de novembro de 2019


Entrava atrasado
na bruma o silêncio como
que suscitava
em cada recanto a impressão
de um rumor passado

15 de novembro de 2019


O que fica chega
como que num murmúrio de lamento
assim misturado
sobe a um rio acontecido

14 de novembro de 2019


O olhar estendido
até onde o mesmo que chegava
impressionado se mantinha e silencioso
avançava a manhã
ao tempo do frio que nos ossos percorria

13 de novembro de 2019


Como se contra dito
se insinuasse e assim desperto
em atenciosa mímica
soltasse o cuidado em magma
de um grito de neblina

12 de novembro de 2019


E ao sabor aberto
de quem se faz das coisas desejadas
passa-lhe o calor
de uma luz
por qual nota de um pensamento elevado

11 de novembro de 2019


Lento agora recomeçava
o que por si só se faz quando se larga
caído da sombra
emerso de um olhar esquecido

9 de novembro de 2019


Era uma vez de perto
se reconduzia qualquer medida
de ver se encontrava
como que perdida
por detrás de uma cortina de bruma

8 de novembro de 2019


Levantava depois
e o olhar que silencioso se fazia
retirava-se adentro
assim como que ao lugar abandonado