31 de janeiro de 2020
de sobre olhar
a noite ao fim do dia
castanho uma sombra
no tangível corpo
a cada voz melancólica
contornava nos ossos
a passagem das horas
que o objecto disposto
por linhas de uma cor
ao acaso esvaía marcado
o interlúdio de fundo
daquilo que ficava
qual distância por entre
a luz num cerebral
traçado das órbitas
que passavam no percorrido
peito que assim gelava
na sincopada pele exausta
um sopro de calor
regressava ao recanto
da memória qual lugar
do corpo aí permanecia
em lapidar mudança
no tempo recomeçava
o parecer da forma
nas madrugadas
de um pensamento
que sonoro permanece
qual oblíqua sombra
daquele olhar defronte
a algo de uma linha
fixa que assim não fica
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22 de janeiro de 2020
de nada se tira
uma qualquer coisa
que dizer se sucede
e revestida de expressão
se ressente numa forma
consigo ao cair se deixa
na inversa posição
do mais antigo silêncio
que trabalho de fazer
se ao instante retoma
nas partes da palavra
aquilo que passa
por qualquer sentido
a um dizer de fundo
nas desfeitas palavras
do lugar do costume
que assim desabituado
poderia vestir
de qualquer palavra
mas como se das palavras
apenas o hábito chega
21 de janeiro de 2020
como se –
cintilado de verdade –
tudo estivesse
no ritmo e na forma
de uma atenção surpreendida
estranhava o desacerto
de si que corrigia potencial
sentido ao lugar
suspenso de uma chama
e a coberto de alguns preenchidos
traços compartia
daquilo que se sente
indicado a um outro
plano da palavra
qual ressentido sinal da figura
que se parasse
para pensar marcaria
o reconhecido pensamento
daquilo que se toca
e de sentir se faz
num gesto por fazer sentido
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