8 de maio de 2021

O instante aplicado

Em silêncio depois ao silêncio

Qual corpo de promessa

Como se adentra ao desejo

Das palavras irrompe

Uma qual ciência do detalhe

Que ao ritmo da composição

(e numa atitude ingénua)

Faz-se em sensalualidade viva

No sítio ao engano

Uma estrutura de estilo

Fugaz e aberta 

Se fazia alegórica via

Em campo espalhado

De dor semeado

Procura nas palavras

O olhar encarcerado

Daqyela original memória

Que qual luar de vitrina

Fica numa ausência 

Perto ao silêncio

E ao passar da passagem

Caído em si de dizer

As coisas em calafrio

Fazse o colorido bastante

Na terra em teatro de saber

7 de maio de 2021

Então do lugar circulava 

Um túrgido antigamente 

Que de ser antigo passava 

Nos caminhos daquilo 

Que discursava a virtude 

Numa latinidade pura

O baixo rosto na terra

Distenso tomava num sopro

A circulação do momento

Que em espalhamento

Do espelhamento se fazia

Híbrido surgir 

Do soberbo do desejo

Que qual decisão ao fundo 

Do pior atingia

O tempo do tempo

Em produção de um instante 

6 de maio de 2021

Qual manta de retalhos caída ao alvorecer 

Nas cercanias do espalhamento em sacrifício

Contemplava os admiráveis regressos

Que quais mundos de circunstância

Em pensamento chegava defronte

Ao que é não como se diz de um mundo

Que de tão versátil basta em sombra daquilo

E por entre o mesmo do solilóquio irrompe

5 de maio de 2021

A cada momento

Irrompe uma palavra

Cortada da matéria

De um pensamento

A dizer abertamente

A latinidade itálica

Em devir de existência

Em vigília se completa

O acto inicial

Que qual sonho cortado

Numa lâmina de pensamento

Vazio encosta

A uma palavra falada

4 de maio de 2021

 O paradigma do ligamento

É silencioso e único

E quando dito em lingua decomposta

Fica ao alcance de um outro

Qual aparelho de decisão

que apresenta-se como se pensado

De rompante e não apenas

Solícito mas ainda providencial