1 de abril de 2008

O estado interesante da necessidade.

Algo entedia-se num revolvente soluço que carece a algo, a uma resolução.
E que significa afinal uma resolução ?
O que é que, afinal, se torna a solucionar ?

Escória do tédio que nos gera tédio .

(O) estado interessante é o próprio processo de. (um) que é o atingir da causa.
O atingir desta causa é o fazer sentido sobre o tédio que se desenha, que se figura em acção ; em figura.

O acrescentado da necessidade.

Como que (um) sonho de libertação, da necessidade ; um sonho necessário.
Um sonho necessário de “uma máquina” que nos necessita em possibilidade, em possibilidade de figurar.

Sejamos sérios pois este não é de todo um processo inocente, inócuo ; e talvez o homem assim se saiba e aceite, talvez se não saiba e aceite, talvez se saiba, ou então não aceite. - o homem atinge-se ali ! No seu sítio. Temente do seu além ; como numa imensa válvula imperial da conservação, do tédio que se cintura, sempre, a soluçar, uma “liberdade” que regula, garrota.

O Sonho necessário desta máquina que nos necessita de artifício e fere ; cega ; é a máquina a que chamamos homem, civilização ; o nosso homem universal.

Utopia do regresso.

Quisera a necessidade que se não excedesse
e antes um estar animal
e talvez livre,
e talvez, nada,
talvez absolutamente, nada.

A utopia do regresso ao grito nunca é um atingir esta direcção do homem.

Aqui ; é a atenção que molda, que cria, em processos plásticos que são realidades e que ; hellas – sempre figuramos nesse sacrifício que figura maquinal.

Tudo isto me cansa porque é maquinal e porque corrói e dilacera ; e esta possibilidade que se desvela é talvez o próprio torpor, a própria náusea , esta figura destinada ao sacrifício e que é motor de civilização, veneno das alma (s) ; (um) rasgo sempre por preencher ; de (dor) amor ; de possibilidade de amor.

Os processos da figuração são processos da figuração ! Figurações.

Em si as figurações são lixo. Complexos de anomalias mecânicas da necessidade que se (in) põem, (a)o próprio, movimento, ler funcionamento, da necessidade maquinal, ler aqui – artificial.

E sejamos muito sérios ; estes complexos são maquinais porque nada têm a ver com a (própria) necessidade e são, antes, possibilidades dos homens dos quais, a máquina, necessariamente se alimenta para se possibilitar.

São figuras complexas estas : Arte ; Cultura ; Economia ; A civilização assenta nesta possibilidade, sanguinária, que exige a terra para (se) possibilitar.

Não o esqueçamos ; uma figura ; um modelo , é um cadáver, não um exemplo de felicidade, ou de liberdade, passo o termo.

... e mais uma vez Sísifo.

Sísifo, ao eternamente repetir o seu trabalho, matizado de tragédia, não nos está a condenar a nenhum rochedo sem fuga, onde, em nome de algo chamado, antes nomeado, homem, para sempre nos padecerá da sua opção insensata, não ! O que uma figura é ; - o que nos diz Sísifo – no seu trabalho – é o sedimentar de um funcionamento que nos fascina e agarra pelo – seu - hábito, pelo seu tédio de funcionamento e de onde, sempre, dessa cor que é a figura onde colocamos, carregamos, (o) funcionar de Sísifo é possível a evasão porque, afinal, o que se vê e o que se pensa e o que se sente Sísifo não é Sísifo, antes, apenas, a possibilidade de Sísifo ; como que combustível do trabalho, talvez.

O olhar o trabalho, evadido, é olhar o trabalho, nada, mais.

O que implica o ver estas escórias regurgitadas é a possibilidade que se esconde por detrás deste olhar que, deve, somente constatar, não tomar.

A Espiral.

E isto será, talvez, o atingir do verbo ou do cálamo, ou daquilo que é a fé ou a compaixão dos teólogos amorosos ; daquilo que é – no fundo – o poder, fazer ; o próprio absurdo do verbo indo europeu vestido de piedosa possibilidade de amor.