19 de agosto de 2008

Lamuerte#3

Sonda a morte ao que levanta se
na garganta o porquê do baixo canto
da vida e o amor murmurados,
hábito do dizer vazio, cruzado
traço te o que chega sincopado
mente um qualquer destino que nos cerra,
o contado prazo e a pintada ficção feita,
tua, digo, soberbo o rebentar silêncio o dia
o diz, a velha morte atento como no clarão azul -

pois lançado grito ou fácil por diante vocifera sabe,
como inteiro instante o teu mal surgir, agreste
em cada grito ou grande o morrer na voz que cai
tira te, à luz da morte e ao signo o clarão dela
que possa partir e deixar me, enfim, na junta
vida a morte assim que corre ou dizer, ou nem isso –