27 de dezembro de 2009

O gesto num minuto
sentira a presença
ao cair aberto chama
de olhar a fundo,
e não pensa em voz
a soar sobre a folha
por restos da matéria
a cada palavra,
mais próximo, termos
que faz e toma
do que é simples
a ritmos dum verbo
que a forma é dizer,
rios dum prazer,
que corre o petrificado
momento, e não pensar,
corrido, manifesto ponto
cedo a noite cai
numa fisionomia, fechada,
não tanto a chuva
mas passos na pedra
em récitas do som
perto, a raiada promessa
vão, lentamente, desfolhar
livros na noite em voz
soltas as sensações
da luz ida, nomes
e palavras ao acaso
não fica mais,
desse encanto, os corpos
e os dias assim,
maneiras da profusão
lançada, mantos
na curvatura da pele
e as ondas a desvanecer
a música quase perto,
o silêncio em terra firme,
tecido desse rumor
a passo imóvel,
por todos, mundos e luas
mais vivo as ondas
leve, a vista agitada,
as folhas caídas,
nas margens da espera,
onde as tantas palavras
queira a manhã
não tarde a mais cantos
do manifesto e palavras
loucas, rastos
do mal tirado à sombra
em qualquer lugar,
nu, raios e a cor
dessas terras pisadas,
o ar das noites, corre
e toma de mais o canto
que alcança, braços
do rubor, a face da pele,
a saber das mãos
em parecer do som
nas palavras, do fulgor
em cada sítios ao acaso,
o gesto elegante,
como cordas a soluçar
as curvaturas da lava,
as lavras da terra,
e o principio de tudo.