12 de janeiro de 2010

Inundação, imagens.

Entoação,
do toque,
uma corda
afim,
da vibração,

desencadeia, movimento,
movimento a movimento,

sombra e sol,
vão, do segredo,
e fica a origem,
caixa selada,
doutra condição,
que cala leve,
intui,
comunica,
certa consciência,
em palavra.

Sempre se procura uma nova forma, até que chegue a forma, como numa dança dos tropos.

O mecanismo da graça,
passa em articulação
do calor e silêncio,
mistério da nota
que vibra à passagem
e deixa o ar de gelo,
chama encerrada,
suspenso o silêncio
em redor do incómodo,
uma única vez basta,
estranho, e não se diz,
o lugar momento,
marca de contratempo,
na esquiva do gesto,
em sóbria atenção,
da máquina doce
momento, ilustre
a condição fria,
q’inunda o sol aberto
em noções da luminosidade
instante, surpresa,
dos incómodos corpos
revelados no chão
que gela à passagem,
fica o relance,
quente e frio,
leve e cerrado,
do natural percurso
descontinua, o gesto,
chama à vista,
ocultação que assinala
a graciosa movimentação
de novo em dia de sol,
inevitável, movimento
plácido por minutos
da distância, perto,
a única sombra da manhã,
extenso perfume,
q’deixa outro olhar,
divergente, esquecimento,
em dias de sol quente,
a mais útil das manifestações,
em verde e sorrio.