19 de dezembro de 2010

Corpo desperto a todo o exterior. O olhar que apre(e)ndia. A progressão. Uma saciedade que o movia. Faltava um contacto. O vago sentir da finalidade atravessava a densidade da paisagem. Em espaço aberto. Estendiam-se as multidões de formas, a perder de vista. Passou num instante. Considerava. Nada que olhasse o movia e deixou-se ficar, instantes, nas franjas daquela planície. Estranhava. Manifestava-se um primeiro apontar e entrou, vagarosamente. Uma diversidade, ramos e conduções da cor, as rugosas peles magníficas, as esguias delicadezas do matiz da beleza, um pó da terra seca, os recortes sombrios da pedra distante, a magnífica presença do verde, as estranhas luminosidades dos declives batidos, continuaria, ignorava, (então), a presença de um certo tipo de movimento mecânico. Buscava um certo sentido.