24 de outubro de 2016
Máquinas silencosas.
Como estar feito de espanto
E alguns destes corpos sucumbidos
Em combustão lenta - residual
Da noite estes movimentos inventam
As memórias dos semelhantes abraços
Que parecem a noite apenas
E a noite cheia de luz num dia aqui.
Qual velo de procissão distrai, sabendo, no entanto, do que é feita a distracção:
A significação de uma qualquer coisa
Investe os recortes de luz nas formas motorizadas
De alguma vegetação
Qual rasto de circunstância
Mecanizada e centelhas de chaminés
A exalar sinfonias
Em aproximação ao lugar desconhecido.
O resultado de semelhante percussão apresenta-se a cada dois ou três dias naquilo que é considerado o seu modo garante e o mais prodigioso dos concertos que atenta ao pormenor e à regeneração do património através da elucidação e da dilucidação de todo um conteúdo sufragado ao modo do acontecer propósito do artelho batalhador e do barro e sua demais constituição assim glorificada disso.
Tudo ao acaso no pensamento da imagem feliz.
O que por semelhante elevação pedestal não saberia perder em consciência tais mananciais de literatura com todas as letras substanciadas em rotação recipiente e consensual qual oração do pão para todos que é a máxima que desprende-se a cada linha universal em fio condutor das arquibancadas e das vozes aparecidas e desaparecidas num relance considerado em centelhas da nova luz e na sólida tradição da mais valência à sombra dos expeditos telégrafos e da bem-aventurança arremetida noutros elementos.
A grafia disso …
É como a elegância do contorno que excita uma certa proliferação de uma certa abundância e ainda uma certa degustação sendo que qualquer proclamação do bom gosto ou do bom garfo é relativa como o tempo e precisamente porque está de chuva a delicadeza quer seja ela do traço ou da expressão contida em sedimentação silenciosa fica no aparentemente distraído mordiscar dos lábios que empresta-lhe um ar desprendido e como que casualmente concentrado pois não é por ser minha mas ainda bem que a população dos ligeiros não para de aumentar, é uma constatação:
Mas será que por estes lados ainda não sabem que o mundo acabou? – pensou consigo.
Outro dia esvaiu-se
Focado e languescente
Nesta cor de chuva
E o rio pincelado
De silhuetas - oscilações
No olhar percorrido
A verde e torrentes
De pedra impaciente
E momentos de vegetação.
Por maneiras de quem diz não-não vou sair na próxima paragem até porque está muito frio e mantenho o que disse aos olhares que em volta se buscam nunca vi mas não me desgosta pois o correr da forma é outra coisa não como a luz de uma certa cor de fundo e firmamento súbito de azul e desertos brancos bolbos de sumo pardacento e ácido.
Por razões à partida da terra
E paredes velhas
Arcas de tijolo colorido
A frio no tempo
Veloz esvanece o espaço
Permanente lugar das escritas
Invariáveis não
De menoridade mas de gozo.
E correm os territórios
De olhar passageiro e mendicidade
A framboesa invisível
Sombra do vislumbre
E forma das palavras
Por detrás dos espelhos
Magnéticos nomes da canção
Da luz o mesmo
Olhar suspenso em panoramas
De sedução e cor
Sólida no tempo inerte.
Que num movimento lento de expressão passível gesto interlocutor exercitara o rasto pista de primeira terra.
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