7 de dezembro de 2017


O diapasão.

O diapasão, instrumento de sopro, denota da forma o que esta tem de exagero, de muito. De enciclopédico, ostensivo. Pelo menos em certos momentos de espólio, por assim dizer, ou antecipados.

Qual trono de uma certa majestade a saber, de tal figura, que por demais inclinada à substância sorri, defronte ao amanhecer, num subterfúgio distante entre o relance e a mercadoria continuaria a bom tempo essa e palpitante interior do considerar, desde essa origem fica, o diapasão instrumento antigo, silenciosamente a discorrer os ousados momentos, qual palavra oportuna daquilo que emerge e constantemente em tudo igual diapasão, das sonoridades elípticas, da substância, do corte, do maravilhoso, inolvidável, estar.

Totalmente recanto recomenda então da penumbra o liminar de uma observação que, qual crisântemo de existência, provérbio na carne, lentamente afirma a tragédia e os condimentados massacres, as antiquíssimas maneiras que do além derramam aquele habitual dispor de uma ocasião que aparenta, por vezes, o labor de uma linha distante, a interrogação no antigo local das falas, e desde então que insiste, e o hábito, dos continuados passeios, e ali mesmo sucede, e junto ao acontecer, desperto então, se tranquiliza e escuta.

Desde lento calor se esvai na carne o diapasão instrumento etéreo de vocação primeiro, do ocluso fazer se faz falta e então, retira aos umbrais da vigília, consome e fica, as memórias do dia passado, e dessas melancólicas num silêncio antigo chega, a uma aprendizagem da figura, das suas múltiplas provações.

Exacerbado ressoa numa qualquer posição do outro os ideais da variação plástica, qualquer espelho dessa nova condição, e acumula este ao acerto de uma antiga textura, em tempo considerada, que dispõe por presença e domínio das paixões, agora urgentes, e recita, o ensino das rosáceas, das fulgurantes guirlandas.

Chega assim ao enganador momento do tempo ligeiro, e num agora cor em multidão percorre, suavemente, a presença de uma luminosidade absurda que lhe perpassa ao caminho, inteiramente interior diga-se, e quase sarcófago , passa então da razão e vem, muito discretamente, encantar o asfalto em substâncias de contemplação e récita e por assim dizer naquela linha da recordação que se refreasse na carne a fronteira pouco mais deixaria do que aquela ténue impressão de consente e ponderoso, facto que, intencionalmente e naquela posição, não chegaria portanto ao modulado que a recebesse, e então, nesse ponto breve, por mais usual que se diga, degrau se sentiria, e era elementar se tratasse um gesto.

Por momentos parte e quase que tocaria o quanto ao tempo que da recordação variada submerge em depois por meio de alguns movimentos enérgicos, volta enfim, daquela sonhada margem, e o olhar diz, numa ínfima aproximação de diapasão demorado: que a nomenclatura dos povos tem feito o seu percurso, até aqui, em função de alimento, e de posteridade também.

Chega-nos portanto esse gesto e literalmente como que numa afirmação quase descuidada que traz em si muito daquele modo singelo e quase aleatório de situar-se ao centro da alegoria, algo que normalmente se concede às ocasionais cabeças no recanto dos minerais em pedra, a devolver a outra face, defronte ao oculto dessa característica, e num espanto e rubor elevados, sobrevém mais especificamente a forma dos cabelos e da testa em vazio que invalida de substância os subentendidos, qual noutro aparte o ferro, daquela intima tez que nos rostos surge qual causa dos efeitos e decididamente a tempo e em companhia dessa característica excitação, nesses dias, encontrara de qual fonte a certeza daquilo que revela a outra maneira da fruta e da vermelhidão, e em tácito contraponto ao silêncio, e no intervalo, rompe então em silêncio, e nesse mesmo momento para de simples prazer, de elegância plástica, e acende em harmonia, obviamente devagar, e acerca-se, assim desperto, ao que dali sobreleva do caso, com muita imaginação e beleza.

O que tinha a mais de sono assim vos quer que assimila o odor esfuziante, aparente esse nome o dizia, e do quanto imagináveis azuis, e mesmo de qual sorte, em íntima curiosidade satisfaz, naquele dístico, que a bom dizer faz ao nível dos candeeiros e num interlúdio seco os variados formais já então numa imensa pilha, junto ao afazer dispõe, então, dos cotovelos acima, do conhecimento, das graciosas maneiras, e sai a cantarolar o delicado instrumento improviso que ao final da tarde, e entre outras operações de adivinhação, escutaria o cântico final dos pássaros, de uma maneira geral, e que já agora, e a propósito daquilo que se diz do declínio dos mamíferos, em algumas regiões meridionais, por vias culturais do primeiro, e do segundo, em mundo civilizado lamentaria.

Aqui numa interjeição
De dor - ai – da lúdica condição
Do encanto em porquê
Das trevas porém fecundas -
E o diapasão, eterno diapasão.

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