18 de julho de 2018


Por dizer flor
Dessa certeza deixai-me
O fazer a mais
Num papel de escrita
E fruta
Por assim dizer

Sei da minha vista sem perder do prurido
Na voz configurado de calor a dizer alguma coisa
Ou simplesmente a afectar uma mudança
De lugar daqueles tempos daquela boa nova de repente
A aparecer na casa de baixo junto ao corredor ao fundo da escada
Em individuais tapeçarias de concupisciência
E natural despojamento daquelas semânticas mais elaboradas

Essa foi justamente uma boa conversa de positivismo
De areia e era de manhã nessa ocasião
Saboreava uma pêra de polpa e circunstância repartido
Ao recanto da manhã em comoção lembrar-te-ia
Dizias que parece que foi ontem daquelas duvidosas lembranças
Nuns dias mais depressa e noutros mais devagar
De facto ou de barco ao fundo a passagem
Dos navios vogava o lugar dos oceanos de qualquer maneira
Não se fazia dentro e fora a um tempo
Mas soltava-se e de novo e se fazia dentro e depois
Fora e nos fazia tocar a paisagem de subentendido e meditação
Como se do sumo e da laranja se adjectivassem
As demais partículas mas não como se ficasse arrebatado
Ou demorado em prudência ou ainda de cada objecto povoado

Não balança pendular
outra vez
que balança devagarinho
qual pêndulo
que devagarinho balança

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