9 de janeiro de 2020
O efeito diverso
Olha que chegava
Dali numa hora o seu silêncio
Sobrava diverso
Efeito ao desvelar da presença
E numa volta sugeria
Que deixava de longe em peso
O irreal profundo
Daquilo que lentamente chama
Como a um tempo
E desaparece em celebrado
Grito o que sentira
Em sorriso efeito ficava
Nota de uma luz
Em cada chão no rosto cansado
Ao limiar dormia
Defronte uma outra voz
Da qual possuído
Se tornava em memória
E daí partia consigo
Ao furtivo sabor de uma sombra
Que dizer lhe passava
Em qualquer coisa
E que caído de contemplar-se
Reconhecia não pertencer
Dessa cor a distância
Pois se não chegasse a adormecer
Desatar-se-ia de si
Um qual pó que se faz em terra
E então daqui ou dali
Chegaria em vida aos arrabaldes
Do traço inicial
Que pensara densa sugestão
De algo estranho
Que em contrapeso introduzia
Ao sedutor lugar
Aquele inverso que se fazia um outro
E dessa mesma ideia
Em afazer preenchia
O olhar pausado
Como se caísse a primeira vez
Em qualquer coisa
De luxuriante e verdadeiramente
Tocado dessa figura
Em hábito se fazia dessa terra
Em que o sabor perdura
E vai divagar
De tão perto que agora
Transparecido de nascente
Em costume se recolhe
E a coberto de dar-se ressalta
Que o calor recomeça
Num traçado vazio que se esfera
Fogo adentro chegava
Gelo ao silêncio dos opostos
E de um outro em segredo
Subia da fonte a distância
Que preenchida
De um contorno em desacerto
Ficava cada difusão
Dos lados na paisagem
Qual antiga presença
Dos caminhos na sua sombra
Se respirava ao instante
Suspenso de todos os sentidos
E passava de si
Numa imperceptível mudança
O diz tenso
Gesto em rubor desfeito
Que qual centelha
De uma diferença pairava
Dessa falta conforme
Ao canto do lugar
E assim se apresentava
Como se de fora notado
Fosse aquilo
Em que agora se deixava
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