3 de maio de 2012

Tambor. Abandonada dor.
Partícula de ligação.
Que tome a decisão da cor.
“Contrariamente a todas as outras formas de dominação, a dominação económica do capital não pode ser eticamente regulamentada e isto por força do seu carácter “impessoal”. Nas suas formas exteriores, esta dominação manifesta-se quase sempre sob uma forma “indirecta” e, assim sendo, torna-se impossível identificar o verdadeiro “dirigente” e, logo, endereçar-lhe “exigências” éticas.”

M. Weber – “Economia e Sociedade” – (trad. livre da trad. francesa)

1 de maio de 2012

Ora pronto o acerto interlúdio.
Repetida voz chamada como um reflexo catita viste.
Aqui, bate as palmas, já faz momento.
Antigamente era e referira, é complicado,bem sei.
Por vez não sei quê não sei se dá mas está, como pode.
Numa altura que nos graça, para dizer a verdade.
Decerto não é dizer a mais se fora alguma coisa de especial.
Exemplo: chega o perfume e faz-se iluminação, sabes, o que vem, nem, nem sequer, e não é por nada, mas há certas coisas que não é suposto e parece no entanto que sim, que foi.
O lado de lá, o lado de cá, e vai daí arrebenta, pronto.
Feito absinta dissolução.

27 de abril de 2012

Arrasta o dizer, inquieto.
Um esgar ou espécie de lugar.
Na migração descuidada.
Da indiferente justificação disso.
E a útil concórdia.
Ondulada sóbria delícia.
O significado abate.
Na marca do dia.
O vamos da nota histórica.
Em vão que ignora enquanto fala.

Qualquer coisa que fica particular, mais não.
Quando se clarifica o diferente não se fale em ritual ou qualquer outro tipo de igual engano da regular porta do constrangido caminho em directiva a fundo. E o respirar da circulada maneira na pele de dentro fica em palavra como raiz ao não expresso, em desde logo e desde cedo, que deixa rasto por entre a multidão dos animais recantos na oculta função do cimentar metal dos ossos irascíveis.

Depressa a colocada palavra conquanto que nem existira.

24 de abril de 2012

Aceso via palavra.
Que significa o tanto.
Num porquê convicto.
A seguir em passo equilibrado.
O multifacetado reagente.
Regresso de nada.

É o que se diz que nunca cessa.

Por sobre as ondas voga,
um prateado reflexo de luz,
que nebulosa escapa,
do seu escumoso recesso,
aos cristais do quase mistério.

Teu. Tão. Tanto. Bom.

21 de abril de 2012

O pão. As portas. Rosas da Turíngia. Um sistema periférico.

E o olhar.

Uma última vez revolta a persistente ideia na sôfrega voz em câmara da inquieta luz. Factos das ligações férreas. Violeta e concordante odisseia do senso ao multiplicar do pão providente à mesma hora do agónico toque. São tempos difíceis. A luz, em circular rajada férrea da palavra muda, em disposição mista, a premissa do mundo ao plano do acesso alto. Fundamentalmente a mesma dúvida ao percorrer-te as almas desse lago dormente onde chega de vez a substancial figura dos sortilégios em fuga numa coloração castanha do rio antecipado. Ao pormenor. Como um espreguiçar ritual das ruas horizontais em saudação do frio, ou cada.
Violentamente rósea.
Escorre a neblina no porto.
E quase fico adormecido o bastante.
Em afazer de navegante.
No que avança da intranquila presença.

A falar dos mais dias.
Da soma da luz decomposta.
Do mais ou menos.
Distante recordação doutro.
Em coincidências do dia que seja.

E o solo ao caminho.
Dispõe que baste o viver.
E na sombra apalavrada do mesmo.
Ocorre nocturno.
O arremesso em sais do quê.

Mais logo, no regresso, o saberia, eis.
O sinal de linha espera.
No olhar em vez da imagem rara.
Em lugar tal ausentado.
Num burburinho irradiante, indiferente.

O compassado movimento urbano persiste em voz mecânica e fica lá, na rotina das parangonas abertas, a debitar matérias da combustível conversação, de novo diria, existisse, o que sonhara sentir a mais, mas esqueci.

19 de abril de 2012

A manhã chega assim soluçada.
Em gotas de arco-íris.
Depressa aos tectos iluminados.
Uma promessa fugaz talvez.
Ou um ligeiro acontecer das primeiras vozes confusas por enquanto.
Como se o belo escapasse em função necessária.
Num passo lento.
Que A parece.
E espraia qualquer coisa de indolente.
Em viagem.

Depois o presso agitado
iniciar do fogo
em representação
discreta
do manusear das mãos
em evidente olhar
discreto de relance
à natural seda
dos lábios em cansaço.