13 de maio de 2012

Que fazer.

Um homem não é uma ilha diz-se. Clixe.
E não há resposta, apenas o acto e a contraposta palavra.
Muito falta o chegar ao reconfortante vazio.

Amanhã, dispersa flor, da recordação colheita irás cair, nas terras do demo, tua concepção de origem. Não vou, portanto, mais pensar na causa disto ou daquilo que chegara de dentro, o horizonte é como dizer as palavras, que as leve a boa intenção.

11 de maio de 2012

Num.

Fio que suposto vem de cima e cada vai perdido em casa bom,
não tanto em casa mas próximo,
permitir-me-ei das palavras em que decido a processada memória,
pois nunca o mesmo é um certo adquirido,
e no homem tarda a surgir ao tranquilizado canto do espera aí que já lá vou
quando desmoronar o hábito e for altura dos factos,
meia palavra que não conta, e é tão pouco, que tanto faz,
o favor que me faço, no acto do contraponto à palavra, ou vice versa.
De vez em quando.

Toca o tambor, num porto remoto,
e já faz algum tempo recebo-me ao interior
e espero o dia acabar
exultante em cor que vida mais que palavras.

Estarrecido de tanta palavra.

10 de maio de 2012

Antes do mais já não interessa.
Esgota-se a hora em adjectivada agonia, que mania.
São vícios suponho, outras espumas cadentes, dialécticas.
Como a lança no sonho adormecido ao abraço das cercas velhas.

E logicamente a madeira não fala, por mais que se entenda.

Porém, com o passar do tempo, mais vale o silêncio, o volteado cabelo, uma voz cantada, um corpo que rodopia em crescendo o ritmo.
Tanto que, como era, nunca iria, pois é sempre, já dizia.
Repete-me então no espelho das predispostas faces, as formas, da mão, em desenho, dar lúdico e coração que palpita.
No cérebro não que é demais no entanto, fica no que se deixa, contemplativo.

9 de maio de 2012

Que de novo possa fazer conta o tempo todo por nada. Pois no início mostras sempre uma certa verdade. Tanto assim é que recomendo a lição do passeio acaso agora que vão dizendo o sol as abertas almas em quantas posições possíveis, se é que isso é possível. Aproximem-se a sombra em via cinzenta, na dispersão da luz, à espera dos olhos, numa prosa acima, em coro da contemplação qual faria como tu, no instante. Pois nas folhas passam labaredas da terra em soberba tangente como esfinge que, depois de lá muito passar, chega-se em refracção, ou, talvez, numa linha solta à razão de dentro. Raio, como é boa a luz disse.

8 de maio de 2012

Alerto era o que não sei quê mas não são, claro, sei lá eu,
é como naqueles, sabes, muito, e a língua mais, como é lógico,
o que é bom é apanhar a totalidade da ideia, estás a ver, mas qual ideia, não é,
normalmente falam, seja lá isso,
nota contudo ou então vai, eu não saio daqui,
por enquanto sem dúvida que se pode, de alguma maneira,
considerar em certas zonas, concordo,
porém, o mais das vezes não se percebe nada,
pois enquanto o outro é outro, é mais pior, estás ver a figura,
sim, os factos são esses, verdadeira maravilha, assim ainda vá,

– nos sulcos da galopante espuma onde silva um tangente azul ribeiro –

mas só do outro pois eu não me lembro, o outro é que foi, sim, é isso.
Sublime ficar-me-ás retida.
No calor que assim se faz sem ser de súbito, e, quando
dessa correspondência vermelha,
encantado se soma o sinal da luz que faz,
ponto,
mecanicamente em causa de esquecimento.

Outro. Logo que possa. Mas adjectivo não.

7 de maio de 2012

Uma canção de embalar. Palavra do território.

Todo o dia falta o tempo que levas no rio
Em sonho das aparas do inferno, que, levantem-se assim que possam, vão atirar-se à empresa.
Obra, mas com cuidado. Pois quanto vale o qual útil sentido a pena usufruir
Tanto faz à sombra do sol quieto.

E da estação via uma qualquer pertença deste ou daquele grito
Num fluir ou nem por isso.
Da próxima vez veremos se faz tão tarde e tão depressa
Pois o encanto não espera.
É o que dizem.

Ostensivo. Faz-me um beiço. Na sombra. Do sono.

4 de maio de 2012

Estação. Linha de apresentação.
Um significativo silêncio.
Algumas palavras de circunstância.
De vez em quando um torpor.

Saber o lugar é reconhecer o peso dos actos, das palavras “mágicas” do constranger.

Eu, nós. Existirei perdido.
Sem querer saber porquê - o que de resto é imenso.
A quem passa que sirva na mesma voz o belicoso insurgir do estado absorto.
(Monumental posição na volta do sentir estar).
E, realizado ou não do sabor, vaziado, submeto e vivo de longe um dia.

3 de maio de 2012

Já por aqui estivera mecanizado. Transparente. Ao final da rotina, necessária condição, a dizer dos princípios. O fazer numa coisa é tipo mexido pois tem uma grande capacidade de reter informação, estás a ver. Ainda por cima. Ou então era assim, vê, um saber enorme, quem é que teve a ideia, já pensei nisso, no entanto, pode ser, mas é complicado. Estava para ali com novas a ver o ruído a arrancar pá, está. No entanto já não sei o que é feito, cheguei a essa conclusão através. É realmente uma grande mudança. E então aí, aí é que vai ser bom, pois são outras as vantagens, passei eu, quando, completamente toldado das nuvens, comecei a fazer estado. O outro ria e não é por mais, acho, bom, sabes como é, por mais não, de resto, acaba sempre por sentir-se o que supostamente seria. Agora é mais fácil. Temos o sininho e fala, o que dá sempre um certo jeito, estás a ver, muito mais cedo.