5 de dezembro de 2017
27 de novembro de 2017
Não digais pois de gostar
Da noite ou qualquer coisa
Um ponto de vista
Em absoluto a espera
Uma hora por exemplo
Ou então que se tire
Algo de positivo por assim dizer
Nesta vida mais de cada um
Para dar e o lugar
Para dizer isso e diz-se
E depois estranho na verdade.
Que estranhamente teria.
E numa face não diz nada
Disto e daquilo
Entre tal gesto ou palavra
Defronte ao sol
O meio-dia não mais parou.
De não querer nascer
Nada nisso em figura
O recebe e não tome por estranho
Nas palavras que passam
Feitas lhe baste
O ar dali fosse em surdina
Espoliar esse sentir
De origem na palavra estranho.
O silêncio em volta lhe chega.
22 de novembro de 2017
17 de novembro de 2017
13 de novembro de 2017
Da repetição (ao predicar) enquanto assinatura.
Máscara de intenção difusa ao prolífero retiro em propagação.
Uma estranha vigília completa o acto em palavra ao fazer falar a palavra ainda antes da ideia.
E (quase) que surge esta encostada à palavra.
Num processo de descrição do pensamento (que não da ideia) em que fica sugestão de palavra.
De palavra em pensamento do pensamento sim.
E (por assim dizer) faz-se vida e ressalta do choque entre o pensamento e um pensamento que é palavra.
Qual deliquescer dos elementos em desfaçatez de informais.
Conceito deste mundo.
Que numa passagem de pronto a referência põe termo à ideia que (quase) fica em referente e sentido.
E o tédio que daí se adivinha é o iniciar da escrita.
10 de novembro de 2017
8 de novembro de 2017
Um certo ajustamento a uma superfície de pedra.
O mesmo da impressão
Detalhado na pedra
Em instrumental denota
O retroceder da imagem
Na expressão de dor
E exaltação no encanto
De um pequeno instante
Ou detalhe:
Que interiormente purificado da passagem das circunstâncias figura dos elementos e nem sequer aparece enquanto matéria impressionada.
7 de novembro de 2017
2 de novembro de 2017
O hipocampo da fanfarra
Obscurecido da própria voz
Em si da memória dos tecidos
Os rastos daí se figuram
No hipocampo da fanfarra.
E potencialmente proclama a contraluz de um instante que ao cumprir da sugestão no papel segundo do atrito faz a espécie da reparação ou do inventário. Diz portanto que não é mais do que um pequeno incentivo, natural reprodução, fundamentado desse modo na imagem da cenoura.
Diz portanto que é uma cenoura, não a cenoura em si obviamente, mas a imagem dela.
Começa portanto por ser uma escolha alimentar, sendo que o seu fundamento seria, neste sentido, essa necessidade alimentar que evoluíra no sentido do ritual, ritual este, em verdade, onde não se pode falar quer de sobrevivência quer de necessidade. Esta ‘necessidade estrutural’ levantaria questões, não só em número, quanto em qualidade e fortificação, ler frutificação da espécie nesse sentimento. Pois toda a sensualidade -as romance- é coito da natureza humana e é, neste sentido, uma encenação, ou mais propriamente a matriz de todas as encenações, qual ritual molecular de sublimação por assim dizer, e não será portanto por acaso que esta (necessidade refinada em possibilidade) se deseja em primeira instância da divindade, como noutros lugares e géneros literários aliás.
E como em tudo o bem maior
Em paradoxal do interstício desponta
Naquela semente fecunda
Que em elementar do alimento
Percorre todo um estado de alimentação
E no percurso desse alimento
Entre torna e tende
A ambos termos
Na robustez dessa contenda
E das ideias simples
Que num efeito de retenção cristalizam
O apetite em imagem
Por meio de um levantamento de segunda ordem
Que tudo preenche
Em primevo da matéria
Forma de sugestão ou sementeira
Parte para a frente da fome e dos ossos
Pelos montes purificados
E digere em boa ordem
Pois o que conta é a digestão das coisas.
E feito por fim do aparente principio das coisas, num denodar que proporciona o completo estiramento das fibras, a todo o comprimento e respiração, junta em cordas de matéria, a mesma refeita, pronta e limpa, matéria.
Quais modalidades do nó ou do nervo, em termos de precisão.
30 de outubro de 2017
Dize que partira
Da palavra o inolvidável
Vento tinha qualquer coisa
Do momento
Que agora recitas:
Era uma vez nas bocas
Outrora a manhã
Chamava contigo a linguagem
Oh aparência de ideia
Que nos eflúvios de acaso
Rumas ao cada cimo
Do frutífero lugar
Em casca de carmesim
Na festiva posição do amor
E daí palpitante
Frutificas na terra
Tocada do odorífero das violetas
Onde anoiteces de delicadeza
E coisas de ti
Oh beleza, colheita ao redor delas.
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