27 de julho de 2018
26 de julho de 2018
25 de julho de 2018
23 de julho de 2018
18 de julho de 2018
Por dizer flor
Dessa certeza deixai-me
O fazer a mais
Num papel de escrita
E fruta
Por assim dizer
Sei da minha vista sem perder do prurido
Na voz configurado de calor a dizer alguma coisa
Ou simplesmente a afectar uma mudança
De lugar daqueles tempos daquela boa nova de repente
A aparecer na casa de baixo junto ao corredor ao fundo da escada
Em individuais tapeçarias de concupisciência
E natural despojamento daquelas semânticas mais elaboradas
Essa foi justamente uma boa conversa de positivismo
De areia e era de manhã nessa ocasião
Saboreava uma pêra de polpa e circunstância repartido
Ao recanto da manhã em comoção lembrar-te-ia
Dizias que parece que foi ontem daquelas duvidosas lembranças
Nuns dias mais depressa e noutros mais devagar
De facto ou de barco ao fundo a passagem
Dos navios vogava o lugar dos oceanos de qualquer maneira
Não se fazia dentro e fora a um tempo
Mas soltava-se e de novo e se fazia dentro e depois
Fora e nos fazia tocar a paisagem de subentendido e meditação
Como se do sumo e da laranja se adjectivassem
As demais partículas mas não como se ficasse arrebatado
Ou demorado em prudência ou ainda de cada objecto povoado
Não balança pendular
outra vez
que balança devagarinho
qual pêndulo
que devagarinho balança
17 de julho de 2018
Atravessa chamada indiferente.
Imperturbável se nem desse conta que cego e surdo se deixava estranhar das atenções violetas e qual escolha ao dizer não da longínqua proximidade ou da recordação mas desse qual gesto em escutada palavra como se (se) perdesse em despudor de sorriso.
Passa a explicar
Aproximas-te me em fogo
E a intimidade (que se faz) despudorada
De cintura vestiu-se
Em cigarro de olhar vigilante
E brilhou de encanto
A cada eufemismo de origem
- de oculto e promessa
passa muito bem natural
de apelo e em volta da vivência
se veste por displicentes
notas e mais palavras
para quê curiosas
dessa mesma paisagem
fundam de sentimento
as monumentais seduções
poderia abençoar
as futuras visões outra vez
tranquilo na poesia
lembra-lhe como que extático -
13 de julho de 2018
As ‘figuras’ são como que complexos de sugestão em aglutinadora função de uma dada qualidade que acompanha os mesmos de um tom para cada tema a saber piedoso colérico descontraído ou sedutor por exemplo e sucedem-se estes como que numa calendarizada roda em função
Dos mesmos gestos
Dos mesmos trejeitos
De uma mesma ideia
Do apetecível momento
Das doces alegorias
Naquela voz se cuidasse
De si nas mais diversas situações
Por meio
De uma certa identidade
Recorre e vai ficando
E se faz nuvem
E mais assim que portanto caro
7 de julho de 2018
Lamenta sem não mas sem chegar
E permanece portanto
Aquela ordem natural das coisas
Que por assim dizer chama de agitação
E hesitantemente aquieta
De uma pertença que não mas sem perder de vista -
Flui-te em favor nas janelas e nas paredes
De um valor antigo e ao despertar
Traz-nos a distância
Aqui tão perto numa ideia de significado
Que ascende e finalmente
Regressa em cada sugerido principio
6 de julho de 2018
5 de julho de 2018
Lugar que toca
E foge – um repente frio -
A cada passo chega
Em sucessivo dizer das faces como tu
Que ficas no mesmo
De quem não vê cintilar sinais
De carne acesa
Nos campos raros da palavra –
Desfaz-se em gesto o silêncio
Dos invisíveis dedos das inteiras horas
Num relance às cintiladas águas
De pensar fugia a razão das coisas reencontrava
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