14 de janeiro de 2008

A preguiça do português tem como causa este Oceano que é forma de porta que apenas admite sentido no infinito. Oceano. Os portugueses - os que o são - são poetas na Europa. Como numa absurda impressão que se conserva, lassa e distante, o dizê-lo vêm sussurrado longe – vagamente - e sedimenta-se numa nocturna tela composta das histórias do movimento que está fundo. Este é o fundamento sacrificial duma ancestral carnificina impressa, já, em cada renascer oriental no ocidente e. que - como num círculo vicioso - faz este regressar original que tolda do crime a impressão - que sempre volta - em peso de Oceano. E esse é sempre o nosso drama (o dos portugueses) ; que essa verdade sempre ®eencontrada nos remeta na impotência que nos retira e esmaga na certeza, repetida, daquela impressão ilimitada. A tragédia do português é esta herança da memória de um sol que nasce todos os dias já truncado desta tragédia de estar ! Cortamos cordão umbilical que é nosso rio. O tempo é de alcançar-mo-nos, nós ; no nosso espírito de gravidade, e tomar-mo-lo-no, livres, desse rugir da vastidão. Nós, os que somos portugueses, somos os cidadãos globais.