19 de março de 2008

" (...) Ele mostrou que esta virtude suporia nas pessoas múltiplas outros tantos absolutos ( por paradoxal que possa parecer este pôr no plural do absoluto ) ; que a verdade racional sobre a qual estes seres separados podem unir-se não compromete todo o seu ser ; que o resíduo exterior à unanimidade não era nem insignificante, nem negligenciável, mas era, precisamente, absoluto, original para toda a eternidade, como o eu de cada um do qual a experiência directa e irrefutável nos ensina a unidade irredutivel. Estas pessoas múltiplas permanecem separadas até nas verdades que comungam. Mas a separação não é um "pior passar" do qual preciso seria, únicamente, acomodar-se. Ela abre a via a uma outra comunicação - ao amor - inconcebível sem a separação dos seres. (...) "

Levinas cita de cor Jankélévitch em "Difficile Liberté".