14 de maio de 2008

Memória da linguagem.

Uma noite que se tira e em que se buscam as palavras a uma corda que cimente a impressão, impressão cimentada, esta, que é tema aos olhos que cintilam, aleatórios, como (n)um excesso contraído que busca se e penso, o que faz se por sair, da linguagem, como alcance que não vê e apenas força se em alcançar de tema, que pensa-se, o acto da linguagem, o que quer dizer que força-se o atingir o interior do processo donde se faz – fazer - o acto da linguagem.

E porque não se pensa aqui talvez por isso seja que se diz se que não se têm aqui, na linguagem, que antes, exacta se e constata-se, marca-se, destas imposições que lhe contraem o movimento, sempre novas, entraves ao seu sempre continuado continuar ; talvez por isso.

Buscam se assim o s tema s da linguagem nas palavras que brotam, assim, que fazem se por dizer se como num frémito, caótico, que segue o ritmo, cego, ou como fora válvula de lei suicida que deixa a soar o caos o que é como busca do corpo e do corpo que são estas letras e estes signos e as suas palavras que irrompem, para de novo explodir, em ausência de sentido, de memória, em tema que é afinal, já o disse, o que se busca, o que se quer neste sentido.

E vão se fazendo as palavras deste querer que é corpo virtual e na sua palavra marca-se o processo em movimento e este ciclo, original da ordem que investe-se, apega-se, apaga-se à memória e irrompe esta forma das palavras, que surge, estatuto anterior, precedência. fim, causa.

É como trabalho de exaustão que destila e perfaz se no processo e faz se vazio a reconstituir-se, (d)o que faz se (nada) e, solucionado desse (nada) entra se no processo que limita, capta, contém uma gota na cidade do pensamento o que é como o reconhecer dessa impressão prévia de algo, algo como livro das palavras, das letras, que se põe, fundo irreal da dança externa das palavras, das letras.

E poder se ia dizer que algo faz por desfilar as formas as palavras e as letras e que este algo é como um outro, ou como um sonho, ou não, de vigília, que assiste ao desfilar e perfilar das formas e que estas têm, agora, uma facilidade fugaz e como que dom de por si se ordenarem numa série fácil.

E entre sente-se o desvio na palavra daqui que é tomada como réplica do que se busca, e isto, é como suspensão da impressão que remete, refere, na “própria” suspensão, como memória da impressão do tema que quer o tomar-se na palavra, que capta o eco da manifestação paradoxal da diferença, da palavra desfasada, formalizada, figurada, que apenas soa como eco, mais ou menos, desviado.

Poder-se-ia, talvez, chamar a isto a angústia da assimetria, ou (a)sintonia sentida, da palavra.

E o querer é este excesso que surge destacado daqui como fundamento, lógico, de qualquer operação sistemática, e a memória, que se apaga, é a da violência e do uso que dela é feito a favor de um estado, de “coisas”.

É uma maneira oriental no ocidente.

Desvio-me, talvez, do assunto, e, ou, talvez não, o que é certo é que “isto” que é a violência, antes, a captação da violência, é como que o “retomar” ou o “reiniciar” de um processo, ou de um ritual, que surge, repetido, do que está por detrás da película “nauseabunda” dos sistemas das palavras e que são como série s que alinham se pelo funcionar em si, e este funcionar em si será, talvez, o de “um” acto aleatório que culmina e marca, tempo, como fundamento de regra, inferente, como “fundamento regrado” de toda a inferência.

E este processo é, talvez, como inversão da regra que nos regressa ao coração da violência, do acto da violência, que nos põe as regras da conservação do poder da palavra, (n)as palavras, sistemáticas, assim alinhadas como padrão da violência, do desvio a contar.

A violência, ou a sua captação como acto, é real.