2 de janeiro de 2009

Modal do sal.

Um dia, a ave, ao novamente descender no mar infernal em mergulho necessário de sobrevivência cruza se à linha de água - como que numa cintilação - com o peixe que, vindo do seu tédio de curso, no mesmo instante arriscara um salto de ascensão possível ao céu.

Cruzaram se, então, ali, à linha de água, e daquele momento trocado algo aconteceu que ecoou numa certa comunicação, de uma certa impossibilidade ; e diz se, pelos tempos, que os ecos, a terra, chegaram e ali se fizeram como o sal das possíveis ficções, da terra, do peixe e da ave, da sua impossibilidade.

Os peixes, dizia se em tempos, não são sal da terra mas são com certeza ouvintes pacientes, seja ; os peixes no mar, as aves no céu, os outros animais na terra e o homem em circuito de audiência fechada numa festa das canas e do recolher figurado, plástico numa gargalh(i)ada contígua.

e dali assobiou o nome ;
- que no principio era o verbo, dizia se ;

e que não era insensato
que num dia composto de paradoxo ... e depois o vento, dali.