(...) perguntaremos sem dúvida porquê não existe metafísica senão apenas na e pela nihilização.
Qual fatalidade quis que o próprio instante, por uma intuição no sítio da espera, se revelasse, necessariamente, como cessação de qualquer coisa e suspensão da plenitude ?
A tomada de consciência metafísica dos princípios, sendo consciência do facto dos princípios, é, forçosamente, consciência da sua gratuitidade de fundo e da sua supressibilidade.
Por exemplo : o principio de identidade é necessário, mas o principio do principio de identidade é um facto, um dado arbitrário ; a necessidade é necessária, mas a necessidade da necessidade é um facto, e este facto da necessidade necessária é contingente ! A questão é agora de saber como faremos (...)
(...) O instante intuitivo é com certeza qualquer coisa mais do que o minuto de embaraço ou de aporia que se segue ao ictus emocional ; a instantaneidade (...)
Vladimir Jankélévtich ; La Philosophie Premiére.