9 de janeiro de 2010

Era elevação,
a toda entrega,
que a lei confirma,
e a vida grita,
e firma a beleza,
ébria de ser,
em todas razões,
perante ao tempo,
da idade em triunfo,
e entra o amor,
nos olhos cegos,
e é diferente,
a paisagem no olhar,
acolhedora elegia,
as raias do poder,
em admirável passo,
transposto sorriso,
por muitas eras,
dizia uma vez,
dia de águas,
as fontes agora,
chega o tempo,
de todos os meios,
rejubilar,
à entrada do vazio,
maneira de hoje,
afim de processo,
novos outros lados,
indiferente,
espelho marca,
disposto presente,
a terra queimada,
fica desse engano,
opção dos rios,
entrada que não escolhe,
espalhadas,
margens da violência,
não tem fim,
o estranho momento,
deixa o chamar,
da rendição doce,
intenso abandono,
vão da vista,
inexistente,
forma tomada,
concerto à chegada,
e os dias são curtos,
agora o hábito,
da razão deixa,
entregue a fúria
presentes os corpos,
cabelos violeta,
esqueço-me,
os rios passados,
e não há condição,
da primeira elegia,
e as visões do fogo,
reflectem vazio,
preenche o corpo,
o consolo repousa,
interlúdio,
mas nunca o fim,
não há fim,
desta estranheza,
junta o tempo,
inscritas dúvidas,
levanta, alimenta,
joga as perguntas,
razões de ver assim,
considera o fazer,
meu fogo, teu vazio,
tempo que toma,
terror e paixão,
estende o respirar,
fôlego idade,
indiferença,
quanto mais menos,
estranha a vida,
maneiras,
não desses combates,
necessário é,
não dizer o fogo,
apressado,
por dentro chegam,
luzes pálidas,
acondicionadas,
saber estar aqui,
o inatingível,
esfacelados corpos,
esquecem também,
tão estranhamente,
chega e parte,
os incinerados dias,
da reposta idade,
idos os corpos,
amados que ecoam,
rios passados,
apesar das palavras,
não deixa o lugar,
acreditar esse dia,
avassalador,
chama que cresce,
e faz-se estranho,
esse vazio processo.