10 de abril de 2010

De ser a estar.

a dúvida que cresce,
e teima em não sair,
que nasce do interesse,
da semelhança.

Nas letras é um desafio, passa, como num momento de abertura à mais alta razão que vence o corpo estranho pois no olhar que é espelho uma tal (distinta) semelhança nota-se nas palavras escritas ... bom, é todo um suporte delas, marca do seu uso, aquele jogo da dissimulação que suporta (em sinais da inadvertência, por vezes) como que técnicas agarradas aos corpos em movimento a ... simplesmente.

Como no prenúncio da tragédia.
O evidente nas palavras é a vergonha, o impudor das palavras grandes. A violência.

Os sinais duma semelhante distinção,
marcam-se do corpo em transformação,
e numa inconsiderada evidência,
dos corpos em abertura espelhada,
(movimento exterior da tragédia)
chegam numa direcção, vinda do coração,
que é como a mais simples manifestação
do uso em intenção da providência.

São letras que cuidam-se no uso dos suportes em tensão dos corpos desligados. Enquanto existe, a dúvida, é “sinal” de evidência - nas palavras e fora delas – quando não, não.