11 de abril de 2010

Dos nubilados cumes,
em cego fascínio,
o olhar vem,
por magnéticos movimentos,
do cerrado principio,
aos dias sonâmbulos,
das cinzas pelas encostas,
onde encerrado o fogo,
do vulcão ateado,
fica o olhar preso,
aos dilacerados restos,
da dor e do prazer,
por sulcos nos caminhos,
das histórias antigas,
do escorrer espesso,
estranhamente distanciado,
em sobrevoo do reconhecer,
a escorrida memória,
dos espessos sulcos traçados,
no decorrido sangue,
da carne ancestral da violência,
em sentida solução,
da condição cega,
dum poder histórico,
numa história mal contada,
(devolvida espelhada),
das imagens do horror,
em sal feito aos pedaços,
de maquinaria corrente,
por refinada história,
das histórias contadas,
aos berços adormecidos,
na espera dum maquinal,
conforto que esquece,
acima aos olhos soltos,
sem nada esquecidos,
numa última parede,
afinal dos olhos sanguíneos,
e já destes sinal absurdo,
no fundo posto revela,
os lados a um seu eixo,
sua mentira em decisão,
da rota tornada termos,
mínimo à matéria,
a sua ínfima pergunta,
por fim.