16 de setembro de 2010

Os tempos da inércia travada em sinalizações da constância. O humor. A consolidação das imagens fixas nas costas do tempo que sobrevoa. As mostras da carne. O dizer. O contraponto. O ciclo como que em estado puro da transposta inércia nas costas do tempo. A vontade. O partir das ancestrais movimentações da carne assada. O dito tédio do ciclo, interrompido, diz-se; como a natural composição das naturezas em oscilação,
a teia, o arreganho, a indiferença dos olhos, a velha violência das agressividades naturais como as infâncias dos povos em sobressalto da matéria cega, uma actividade imóvel das grutas, dos altares, à face do tempo, enfim,

a carne é portento,
a carne é fraca.

E as gloriosas manifestações do esplendor carregam os antros das naturezas e o jogo que assim conduz bate fundo na matéria liquefeita por convulsões que tornam constante a dor. E quando lateja a carne ganha-se um movimento de perda, ganha-se digo, uma predisposição nas condições da queda que investe-se em monotonia da consagração,
em derivação do objecto, enfim, como foram as diferenças culturais da projecção, entenda-se, centrífuga, centrípeta, uma extracção ou uma possibilidade.

Por muitas vidas correram as horas da qualidade acelerada, a utilidade das concepções, as manifestações da extensão e a projecção do momento, do instante.

Às entradas no vale justapunha-se o sangue das fogueiras, os tapetes, a cobertura, o recolhido apelo dos corpos que falava a linguagem de todas as eras em dilúvio, mais do que isso até, mais qualquer coisa, como a senda da espécie à sombra dos toldos desfraldados como se foram bandeiras do prazer e dos corpos da espécie do prazer e da dor por corpos incinerados nessas fogueiras em conjunções da matéria ancestral irradiada, a saber, a saber. E quando grita de novo a conquista e a permanência dos corpos na matéria disposta aqui por concêntricas circunvoluções das lutas e sacrifícios a carne em fogo liquidada dos instantes da matéria incandescente renasce em tijolo palavras tectos de toda a manifestação agrícola. Ficava longe, nessas horas, o cativeiro das almas à deriva e o sol descia sobre a terra a produzir as humidades, requintes do libado sangue das ladeiras cobria por completo o chão desses sacrifícios e num sussurro ou num lamento desfolhava ao invés as contas da condição do dilúvio,

(como fora uma maré alta),

badalavam os sinos
então,
agitavam-se os ídolos,
cantavam-se as canções,

e os animais rasgados dispunham todo o povo dessas conquistas no chão desbravado das eiras em concerto, em lavagem, por muito se atingiu a carne no corpo, simples, imediato.