12 de setembro de 2010

Toda a vida.
E ao chegar o vazio.
As posições da imagem.
Completamente.
O olhar.
Nas vias da impiedade.
Diz que nunca será.
Mais e mais.
Um tardar.
No arremesso das vozes em confronto.
E a recordação.
Das palavras ridículas.
Que mais nesta terra dos refúgios queimados.

A entrega. O valor. Novamente.

Livrai-nos do mal que castiga os corpos às avessas.
Muito cedo. Afinal mais vasto que o deserto dos passos em silêncio.
No peito esta terra árida. Canta como a saudade funda a dor dos teus inexistentes braços. E as outras vidas desta terra morta, mortal.
.
E tu.
Última visão.
Primeira.
Mais que tudo.
Os olhos em silêncio.
Marca simples da posição.
E a saudade.
Esse enorme cansaço.

Antes de partir correra mais (n)o encalço
e mais, como é frio, como regressa,
como derrota-se em solitário impulso
a madrugada que penso uma vez,
um instante, a presença, os olhos fundo.