28 de setembro de 2017

O vitríolo

Nunca fez parte
Desta dissertação exterior
Ou dessa interior visita.

Como da glória inacabada e flutuante um dia de maravilha realce o quão sofrivelmente ao pormenor irrompe em tracejar sonoro o dilúvio das palavras num pulsar dos veios que pairam entre as multidões numa espécie de acontecer dos traços de cor visível sim soma do acontecer ínfimo a cada instante em gestos de prelúdio que sucedem nas partes a impressão das coisas feitas daquilo que a impressão das coisas deixa quando nelas não pensamos a cada palavra e a tempo de parar o tempo em sussurros de matéria ou naquela condição que fica ao acordar e ao adormecer também de ser e estar distante uma outra coisa de excesso e sugestão e viva certeza nas linhas corridas de um fluxo a irromper que parece a desordem da própria ordem encerrada ao amanhecer nas insonoras criptas da palavra acima de qualquer pertença ou qualquer coisa.

Ficaria assim justificada uma representação que assegurasse a substância económica das coisas e a dignidade das partes a contado e ainda a posse de uma natureza que será de todos em harmónica representação do contrato que reclama (mais do que assegura) as “sobrevivências” da espécie enquanto comunidade para que finalmente do nada se faça uma virtude em desaceleração como é visível pois oneroso não fosse o negócio de bom grado embarcaríamos dessas delícias numa representação tão profunda quanto a do elixir ou da suave e doce manifestação que convém carnal nos musicais compassos do repente que se calam até que por fim já não interessa se estão longe ou perto o que é o mesmo e um ser que será de todos ao nascer por mais uma combustão de prazer.

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