11 de março de 2009

Ilha.

Rasgos de tempo
tecido em pó
de rasto imóvel
no fundo castelo
da propagada torre
à perdida hora
crepuscular
- só isso –
fumo, desenhado
de horizonte em fuga.

Recomeçara
ao passar a vigia
novamente
as linhas de ronda
à sombra do recinto
aceso, grito
volátil, festivo
numa passagem
de atreitos
às penínsulas desamarradas.

10 de março de 2009

Metalúrgica ressonância.

Da carne a solo
em dúctil remissão
da terra firme
os tambores
ruidosos lagos
em fúria na manhã
combustível
dos fogos deserdados,
tropéis em cinza
da manhã persa
às enseadas em vista
de horizonte
num gesto líquido
as barcas dos homens
alicerçados de feitos
em glosa de guerra,
restante sal reflexo
nas batidas superfícies
do ferro em chama
como aço de marca
extinta liga incandescente
afusa corda à vista
em sangue e azul,
das rodas e marés,
aos montes numa palavra
da questão que gera
a condição do fogo
aprisionado em câmara
impressa de virtus,
no conceder imagem
da melancólica razão
que assiste ao entrar
a distante curva do sol
em linha de cruz,
numa linhagem balanceada.

6 de março de 2009

Como fatalidade do sonho
em tudo ilegível imagem
da impressão funda
nas palavras a tropel ;
em expressão de trabalho,
ou exercício de urgência,
em ordem ao caminho que seja.

O batimento ocorre
é por mais sentir
destes e nestes tempos
duma dor talvez,
mundo fora instante
fica neste olhar
sequer que lembrava,
ilha em sol, reflexos
vidros entre olhar
no fundo azul
do lugar estranho,
que digo, o teu* som do silêncio ;

diz se :

nada mais vale,
em tanto tempo,
sem tempo,
chegue um dia,
o sair, o chegar.

5 de março de 2009

O rio, claro.

Linhas, curvas,
as correntes num sopro
através do rio, ruivo,
alaranjado perfil da maré
na caída cinza, ao longe
dum fogo pálido.

O recomeço do crepúsculo,
as fontes em passagem.
O antimónio gasto.

por passado em vista – concorda -
ponto posto o reconhecer - distendido –
num (eis)* castro culto – aposto -
numa (novamente)** ontologia agrária.

Plástica forja encima
como massa do rudimento
da fóssil permuta
numa proverbial maré dos calamares.

*quando diz se eis diz se o surgir de condição.
**e novamente diz se da cena.

26 de fevereiro de 2009

“Existem na Melanésia relações entre as noções de mana e de tabu ; vimos que um certo número de coisas com mana eram tabu ; mas apenas eram tabu coisas com mana.”

M.Mauss ; Teoria geral da Magia

O que distingue é a ignição, seja ; enquanto um é objecto – combustível - feito em qualquer determinação e esta é a sua determinação, o outro, que também é objecto neste sentido, mais ostenta o mecanismo do próprio desencadear do processo de produção/combustão - nesta especificação.


técnica local de fluxo
numa tomada em espécie
de género grotesco.

Dicção antiga
de acerto ou não
sangue a tropel
por cima/baixo
num desdém
rente a figura
citada (u) fora
do rio em sátiro
de escasso via
outro rápido
desenlace agrário
numa maré cíntila.

Como curioso. Esmagamento. Em corrida.
Largado espasmo. Voraz numa conversação.
Colidida. Que lembro. Aterro.
O transposto de fórmula como as escarpas das Irlandas –
verdes – bandeiras do fogo.
De qualquer. Colocado. Em calada por fim.
Numa locução adversa. De nome.
E em fonte de ligamento cozido.
Assado. E posto isto.
Que digo :

lugarejo
de clara
laeva
certa
marga

assignada
do adverso
alonguecer.

Como em alocação do acontecimento.
A vários deserto em suma. Sítios.
De quantico bravo. Ontem.
Que quiser se as vezes sinta se em processão devota.
E desempatio. Como processava o lamento em queda.
´
Numa previsão. Fácil. Alegra –
simples - deste (leste ?) em agendo à vista de cabo.
Como encima numa situação assustadora.

Em lago logo à vista
numa notação
ou não num ficar justo

a ideia.

Que porquanto falta
sem cor na conjugação
mais houvera palavras
que tirasse o rumor
a mais azulados
asfaltos num lapidar
da pudência cálida
caída conversação
da gélida noite
já dita manhã
no lânguido anoitecer
dos ramos em resto
de gorja em recanto

assente.

25 de fevereiro de 2009

Fora o sangue - Nunca mais olhasse o deserto. Por fim.

Desregrado em vista. De Bloco.
É numa obstipação táctil. Restante em locação.
Que degusta. Os tóneis de cada vez em linha a tirar se tarde.

Na reserva vento. Os mesmos tecidos de acaso.
Escritos. A convénio revelar numa atenção.
Destacada. Por força de impacto.
Como indigente contorno. Esquisso.
Em parte. Num processo de redesenho.
E por blocos de violência num sortilégio.
De salto. Que mais pudesse em função de absurdo.

Agir numa vitalidade das ramas.
Citas. De qualquer ventre. A Cor local.
Em Locais. De avista. Nesta extensão.
Que fosse a falar suscitaria. Outro.

Ficado a pó. Do deserto. Em tela. Fundo.
Largo. Num aspergir em libações da luz.

18 de fevereiro de 2009

Quem escreve nas palavras, o seu sentido nelas, nunca chegará à palavra. E nunca é uma palavra, até ver. E um poderia jogar qualquer jogo desses de cada vez das palavras com mais ou menos esforço, mais ou menos desgaste. E ninguém joga o jogo que joga todos os jogos de palavras e obviamente neste ponto pôr-se-ia inclusivamente em sentido o ser tornado como a qualquer aquiescência do tipo molecular, ou pelo menos poderia fomentá-lo, nesse sentido, e isso, eu, não quero.

12 de fevereiro de 2009

A tempo norma de língua.

- recantada -

De fundição
a tal num ocorrido
dar se o calor
numa lânguida ocasião
do tépido toque.

Em rota de colisão da sombra.
Por alterada espuma escorreita.