O profuso da cor,
os interlúdios secretos,
a música e o silêncio,
a terra firme e o corpo tecido,
a passo imóvel de todos os mundos,
o vento bate nas margens,
as folhas do rio.
16 de fevereiro de 2010
Alongo,
a sobrenatural miragem
dos edifícios em decadência,
os horizontes do lugar comum,
uma névoa, nunca vista fronteira
do reflexo mecânico, da cinza liberta,
rumor do verbo cego numa faca aos olhos,
em algo da posição no momento da figura,
diferença distante, imagens do mundo,
um rumor de variação funcional,
o fascínio do latejar instante,
o olhar contínuo fora
da representação
do mundo
em movimento
dos olhos rasgados,
numa inversão aspergida,
em mediado efeito de alcance,
não imediato, caos em arrasto selvagem.
a sobrenatural miragem
dos edifícios em decadência,
os horizontes do lugar comum,
uma névoa, nunca vista fronteira
do reflexo mecânico, da cinza liberta,
rumor do verbo cego numa faca aos olhos,
em algo da posição no momento da figura,
diferença distante, imagens do mundo,
um rumor de variação funcional,
o fascínio do latejar instante,
o olhar contínuo fora
da representação
do mundo
em movimento
dos olhos rasgados,
numa inversão aspergida,
em mediado efeito de alcance,
não imediato, caos em arrasto selvagem.
10 de fevereiro de 2010
Estado da representação
dinâmica
além do corpo
(redundante) sinal
às portas do elemento
aberto (oclusivo e desatento)
efeito da corrida
em lábil locução
dos simultâneos vasos
(fixo alongamento elástico)
tomados de fundo
numa produção das pedras ao caminho,
permanente ideia
da clara
coloração mais forte
estado líquido
em primeira situação
de mar e sol
de novo aos lagos da imagem
(ausente em causa de transformação)
nos sinais da manhã
que logo regressam formas
a fazer acto
em contra fundo
da atribuição da vertigem,
(ponto mais das ondulações disforme),
o mar, grita,
sussurros do avistar quente,
e os corpos,
(que permanecem),
a proporção de estar cru.
dinâmica
além do corpo
(redundante) sinal
às portas do elemento
aberto (oclusivo e desatento)
efeito da corrida
em lábil locução
dos simultâneos vasos
(fixo alongamento elástico)
tomados de fundo
numa produção das pedras ao caminho,
permanente ideia
da clara
coloração mais forte
estado líquido
em primeira situação
de mar e sol
de novo aos lagos da imagem
(ausente em causa de transformação)
nos sinais da manhã
que logo regressam formas
a fazer acto
em contra fundo
da atribuição da vertigem,
(ponto mais das ondulações disforme),
o mar, grita,
sussurros do avistar quente,
e os corpos,
(que permanecem),
a proporção de estar cru.
2 de fevereiro de 2010
Num instante decide-me a espontânea luminosidade do gesto, o instante da voz, a abertura, os sinais do mundo, gosto
absoluto em pele ardente,
investida, raíz da matéria,
no regresso às palavras ;
gritos
turbulentos,
ribaltas
leguminosas
e estreitos convénios
dos cigarros da via
sólida
cinza escorrida
duma vez,
num dia do silêncio das casas,
(outras, notas,
soltas,
do cala-me elevado),
como foram dedos por detrás da carne
que vibra o sangue tecido,
por detrás dos corpos,
na sonora marca,
do curioso olhar,
perpendicular,
sentido, e não destino,
(e voltamos a pé no movimento)
em ocasional beleza,
ousado fragor,
dos espasmos da sombra,
o silêncio lhe perpassa.
absoluto em pele ardente,
investida, raíz da matéria,
no regresso às palavras ;
gritos
turbulentos,
ribaltas
leguminosas
e estreitos convénios
dos cigarros da via
sólida
cinza escorrida
duma vez,
num dia do silêncio das casas,
(outras, notas,
soltas,
do cala-me elevado),
como foram dedos por detrás da carne
que vibra o sangue tecido,
por detrás dos corpos,
na sonora marca,
do curioso olhar,
perpendicular,
sentido, e não destino,
(e voltamos a pé no movimento)
em ocasional beleza,
ousado fragor,
dos espasmos da sombra,
o silêncio lhe perpassa.
30 de janeiro de 2010
mais que o gasto é tudo sagaz,
lúcido, como a pescada em quinto grau
por cima das ondas
lá do convés
nas últimas manifestações das órbitas quase circulares,
arremedo, como numa fila, a ostra
em surrealismo dos trajos duma aparição visionada
e circunscrita
aos sítios do papel ouvido como fora o séquito das provençais
não tão antigas,
assim,
nos solos do adquirir o nome e o verbo com todo o respeito, claro,
como a água cristalina,
logo adianta-se em cada passada duma aparência mas sim
da borrasca em choque
e desejo
qual fora baixa a todo custo da aparência, desilude
o que fazer, surge
entidade e preza tirando os factos
(das lullianas mnemónicas em combinatória dos fogos pequenos)
passa, repito,
as estrelas em colapso e as trevas da luz anunciada
sim duma abertura, opostas
falas e falas
a sós dum qualquer custo se imponha designem
tal vazio, porquê
não mo pergunto, aparentemente.
lúcido, como a pescada em quinto grau
por cima das ondas
lá do convés
nas últimas manifestações das órbitas quase circulares,
arremedo, como numa fila, a ostra
em surrealismo dos trajos duma aparição visionada
e circunscrita
aos sítios do papel ouvido como fora o séquito das provençais
não tão antigas,
assim,
nos solos do adquirir o nome e o verbo com todo o respeito, claro,
como a água cristalina,
logo adianta-se em cada passada duma aparência mas sim
da borrasca em choque
e desejo
qual fora baixa a todo custo da aparência, desilude
o que fazer, surge
entidade e preza tirando os factos
(das lullianas mnemónicas em combinatória dos fogos pequenos)
passa, repito,
as estrelas em colapso e as trevas da luz anunciada
sim duma abertura, opostas
falas e falas
a sós dum qualquer custo se imponha designem
tal vazio, porquê
não mo pergunto, aparentemente.
Silêncio vias
mais que os corpos
do dia
sóis volúveis
véus em cadência de
verso e arco
em cima dos rios,
como as cigarras
em repasto
salva os silêncios,
todos os filamentos da montanha,
(as sombras do rio
que passa,
fugas da labareda azul),
na tarde e a manhã
toda terras
do coração visceral
rasga, por tê,
toda a extensão do corpo mais largo.
mais que os corpos
do dia
sóis volúveis
véus em cadência de
verso e arco
em cima dos rios,
como as cigarras
em repasto
salva os silêncios,
todos os filamentos da montanha,
(as sombras do rio
que passa,
fugas da labareda azul),
na tarde e a manhã
toda terras
do coração visceral
rasga, por tê,
toda a extensão do corpo mais largo.
26 de janeiro de 2010
Olhos da suspensa, gasta metáfora em prelúdio de inscrição.
E até o gesto se torna estranho,
na hora em espaços do interlúdio,
por voltas do pormenor isola, desce
amena, a criação da melancolia.
A situação do mesmo trabalho,
(rarefacção do ar), na indecisa grafia
(que ainda pensa) o fascínio das voltas
do tempo, (suspenso, interlúdio),
no fazer por fazer ao sol da manhã,
retirado perfume que fica,
por entre as pedras adormecidas,
da rua gritado às ondas do som basta,
a manhã do excesso que passa,
rompante (ao interno olhar), cantos
e silhuetas do corpo, a (ígnea) condição
da noite chegara por detrás da chuva,
cai na pedra em apelo, irrompe.
E até o gesto se torna estranho,
na hora em espaços do interlúdio,
por voltas do pormenor isola, desce
amena, a criação da melancolia.
A situação do mesmo trabalho,
(rarefacção do ar), na indecisa grafia
(que ainda pensa) o fascínio das voltas
do tempo, (suspenso, interlúdio),
no fazer por fazer ao sol da manhã,
retirado perfume que fica,
por entre as pedras adormecidas,
da rua gritado às ondas do som basta,
a manhã do excesso que passa,
rompante (ao interno olhar), cantos
e silhuetas do corpo, a (ígnea) condição
da noite chegara por detrás da chuva,
cai na pedra em apelo, irrompe.
19 de janeiro de 2010
Chega (tão bom
motivo) em verdade
e falta a palavra,
parte duma ausência,
a densa imagem,
os voos desgarrados.
O potencial da lapidação
verte o som
em contra a natureza
do voo, isso,
convém do ar
e a palavra em redor,
sonoro o ribombar
da voz, colossal,
disposta, novas
combinações da matéria,
rasgado ao fim
do dia, feito pormenor,
o olhar carrega,
esse, andamento
aberto das subidas
e descidas, da palavra,
estado tais
do ceder desvanecido,
insuspeita imagem,
seria, condição
dos jogos densos,
sombra e plástico,
imutável espaço
das vindas, aparente
e multiforme,
densa, inacessível,
imagem sobre imagem.
Eram dias outros
os da manhã,
unificado,
em densidades do negro,
vasto e presente,
em ruga de pensamento,
ora tornado, simetria
que sai do sorriso,
em fronteira do verde,
azul, ora bem ...
motivo) em verdade
e falta a palavra,
parte duma ausência,
a densa imagem,
os voos desgarrados.
O potencial da lapidação
verte o som
em contra a natureza
do voo, isso,
convém do ar
e a palavra em redor,
sonoro o ribombar
da voz, colossal,
disposta, novas
combinações da matéria,
rasgado ao fim
do dia, feito pormenor,
o olhar carrega,
esse, andamento
aberto das subidas
e descidas, da palavra,
estado tais
do ceder desvanecido,
insuspeita imagem,
seria, condição
dos jogos densos,
sombra e plástico,
imutável espaço
das vindas, aparente
e multiforme,
densa, inacessível,
imagem sobre imagem.
Eram dias outros
os da manhã,
unificado,
em densidades do negro,
vasto e presente,
em ruga de pensamento,
ora tornado, simetria
que sai do sorriso,
em fronteira do verde,
azul, ora bem ...
12 de janeiro de 2010
Inundação, imagens.
Entoação,
do toque,
uma corda
afim,
da vibração,
desencadeia, movimento,
movimento a movimento,
sombra e sol,
vão, do segredo,
e fica a origem,
caixa selada,
doutra condição,
que cala leve,
intui,
comunica,
certa consciência,
em palavra.
Sempre se procura uma nova forma, até que chegue a forma, como numa dança dos tropos.
O mecanismo da graça,
passa em articulação
do calor e silêncio,
mistério da nota
que vibra à passagem
e deixa o ar de gelo,
chama encerrada,
suspenso o silêncio
em redor do incómodo,
uma única vez basta,
estranho, e não se diz,
o lugar momento,
marca de contratempo,
na esquiva do gesto,
em sóbria atenção,
da máquina doce
momento, ilustre
a condição fria,
q’inunda o sol aberto
em noções da luminosidade
instante, surpresa,
dos incómodos corpos
revelados no chão
que gela à passagem,
fica o relance,
quente e frio,
leve e cerrado,
do natural percurso
descontinua, o gesto,
chama à vista,
ocultação que assinala
a graciosa movimentação
de novo em dia de sol,
inevitável, movimento
plácido por minutos
da distância, perto,
a única sombra da manhã,
extenso perfume,
q’deixa outro olhar,
divergente, esquecimento,
em dias de sol quente,
a mais útil das manifestações,
em verde e sorrio.
Entoação,
do toque,
uma corda
afim,
da vibração,
desencadeia, movimento,
movimento a movimento,
sombra e sol,
vão, do segredo,
e fica a origem,
caixa selada,
doutra condição,
que cala leve,
intui,
comunica,
certa consciência,
em palavra.
Sempre se procura uma nova forma, até que chegue a forma, como numa dança dos tropos.
O mecanismo da graça,
passa em articulação
do calor e silêncio,
mistério da nota
que vibra à passagem
e deixa o ar de gelo,
chama encerrada,
suspenso o silêncio
em redor do incómodo,
uma única vez basta,
estranho, e não se diz,
o lugar momento,
marca de contratempo,
na esquiva do gesto,
em sóbria atenção,
da máquina doce
momento, ilustre
a condição fria,
q’inunda o sol aberto
em noções da luminosidade
instante, surpresa,
dos incómodos corpos
revelados no chão
que gela à passagem,
fica o relance,
quente e frio,
leve e cerrado,
do natural percurso
descontinua, o gesto,
chama à vista,
ocultação que assinala
a graciosa movimentação
de novo em dia de sol,
inevitável, movimento
plácido por minutos
da distância, perto,
a única sombra da manhã,
extenso perfume,
q’deixa outro olhar,
divergente, esquecimento,
em dias de sol quente,
a mais útil das manifestações,
em verde e sorrio.
Noção de prosa mista, matéria de origem, línguas, o olhar longe.
Sons da última sensação,
sombras imperfeitas,
os ornamentos volúveis,
no semblante oculto,
da distante torre,
consagrado nome,
em figura composto,
q’era o verbo radical
das vontades,
de outros mundos,
antigos, mais
das investiduras som
que tornava útil,
as valentes noções da fama:
Ó longas avenidas, ó campos e campos.
Ó ligeira bruma carícia, ruidoso animal.
As liquefacções do monograma advertem-se à sombra da conveniência ultra corroborada e asséptica em noções de registo escaparate e por cantos elípticos das universais manifestações de um qualquer lugar longe, na uniformidade opinativa da programada leitura, ao pormenor modal e, às portas da madrugada que jorram edificantes escunas da soma das conclusões, do que é expresso.
A uva som de activo alto,
a outra face em calamidade,
os compostos da luz,
a última sensação da mais singular desfeita em volta ... a tendência é directa : cores e mais cores, quanto mais melhor, já dizia; da uniformidade, da contemplação, do vasto olhar, da outra margem, das qualidades, das ligações, do tangencial apuramento das outras, longas, rubras, cores da lançada corrente em luminosidade, dos ensinamentos, dos bagos da terra caída, dos aliterados campos da sinalidade, aí verbal, da distinção, a de cisão, os olhos do som, tantos sentidos.
Sons da última sensação,
sombras imperfeitas,
os ornamentos volúveis,
no semblante oculto,
da distante torre,
consagrado nome,
em figura composto,
q’era o verbo radical
das vontades,
de outros mundos,
antigos, mais
das investiduras som
que tornava útil,
as valentes noções da fama:
Ó longas avenidas, ó campos e campos.
Ó ligeira bruma carícia, ruidoso animal.
As liquefacções do monograma advertem-se à sombra da conveniência ultra corroborada e asséptica em noções de registo escaparate e por cantos elípticos das universais manifestações de um qualquer lugar longe, na uniformidade opinativa da programada leitura, ao pormenor modal e, às portas da madrugada que jorram edificantes escunas da soma das conclusões, do que é expresso.
A uva som de activo alto,
a outra face em calamidade,
os compostos da luz,
a última sensação da mais singular desfeita em volta ... a tendência é directa : cores e mais cores, quanto mais melhor, já dizia; da uniformidade, da contemplação, do vasto olhar, da outra margem, das qualidades, das ligações, do tangencial apuramento das outras, longas, rubras, cores da lançada corrente em luminosidade, dos ensinamentos, dos bagos da terra caída, dos aliterados campos da sinalidade, aí verbal, da distinção, a de cisão, os olhos do som, tantos sentidos.
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