O aparentar. O desvio.
O rio em correntes que deslizam nas linhas de um correr magnético.
E um todos os dias sol ao culminar dos elementos.
(A cólera talvez).
Nas conjugadas cores que perfilam.
(Os mundos ao mesmo, e mesmo assim).
19 de dezembro de 2010
Corpo desperto a todo o exterior. O olhar que apre(e)ndia. A progressão. Uma saciedade que o movia. Faltava um contacto. O vago sentir da finalidade atravessava a densidade da paisagem. Em espaço aberto. Estendiam-se as multidões de formas, a perder de vista. Passou num instante. Considerava. Nada que olhasse o movia e deixou-se ficar, instantes, nas franjas daquela planície. Estranhava. Manifestava-se um primeiro apontar e entrou, vagarosamente. Uma diversidade, ramos e conduções da cor, as rugosas peles magníficas, as esguias delicadezas do matiz da beleza, um pó da terra seca, os recortes sombrios da pedra distante, a magnífica presença do verde, as estranhas luminosidades dos declives batidos, continuaria, ignorava, (então), a presença de um certo tipo de movimento mecânico. Buscava um certo sentido.
18 de dezembro de 2010
A pele activada.
O despertar da atenção.
A circulação quente.
O silêncio por atingir.
E de novo o dia, um dia. O sentir de uma imensidão estranha. Os olhos cortados de uma luminosidade nascente, apenas distante. Dos cimos de uma qualquer rocha, cresce o olhar agitado, a imediata busca de um movimento. Deixara correr assim as primeiras manifestações do efeito, da imagem. Ensaiara. Descera então essas escarpas, passos cautelosos, banhado em suor. Tivera deixado a noite atingir os baixos daquela cor e por todo o lado as sinfonias de um novo acordar. Faltava o gesto. Os espaços dessa vez. Seu tempo.
O despertar da atenção.
A circulação quente.
O silêncio por atingir.
E de novo o dia, um dia. O sentir de uma imensidão estranha. Os olhos cortados de uma luminosidade nascente, apenas distante. Dos cimos de uma qualquer rocha, cresce o olhar agitado, a imediata busca de um movimento. Deixara correr assim as primeiras manifestações do efeito, da imagem. Ensaiara. Descera então essas escarpas, passos cautelosos, banhado em suor. Tivera deixado a noite atingir os baixos daquela cor e por todo o lado as sinfonias de um novo acordar. Faltava o gesto. Os espaços dessa vez. Seu tempo.
17 de dezembro de 2010
“Compreenderam que a razão só entende aquilo que produz segundo os seus próprios planos, que ela tem que tomar a dianteira com princípios, que determinam os seus juízos segundo leis constantes e deve forçar a natureza a responder às suas interrogações em vez de se deixar guiar por estas (…). De onde provém que a natureza pôs na nossa razão o impulso inalcançável de procurar esse caminho como um dos seus mais importantes desígnios?
E. Kant ; (prefácio da segunda edição de a “Crítica da Razão Pura”) – Gulbenkian.
O “caminho da providência”. Da “posse”. Da saciedade. Da “razão” enfim. Como fora o “indício” do mais primitivo dos instintos.
E. Kant ; (prefácio da segunda edição de a “Crítica da Razão Pura”) – Gulbenkian.
O “caminho da providência”. Da “posse”. Da saciedade. Da “razão” enfim. Como fora o “indício” do mais primitivo dos instintos.
16 de dezembro de 2010
Palcos de fundo de uma justificação, subtil. A acção. O “estado indeterminado” ‘e a própria composição. O estado dela, seu momento. Poderá o quadro estar acabado em qualquer momento dado, estado? Sem dúvida, é sempre um quadro acabado. O quadro que, no seu “momento”, coincida com o “Zeitgeist”, é o quadro “perfeito”. O quadro em que a tensão exclusiva do artista coincide com a conveniência do tempo, com a intenção do tempo, é o quadro onde tudo fica claro.
J. Vermeer - "A Arte da Pintura".
15 de dezembro de 2010
Um diagrama preenchido é incompatível com qualquer tipo de leveza.
Apenas nada e o calor. Árido, ávido, efeito.
Atentado de um poço de ar cardíaco.
Os momentos do terror sanguíneo, (como se o excesso da passagem deixasse um turbilhar no pensamento), são pensamento da terra, dos corpos.
Naturezas da relação.
Apenas nada e o calor. Árido, ávido, efeito.
Atentado de um poço de ar cardíaco.
Os momentos do terror sanguíneo, (como se o excesso da passagem deixasse um turbilhar no pensamento), são pensamento da terra, dos corpos.
Naturezas da relação.
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